Museu do Ipiranga abre exposição sobre móveis dos últimos 400 anos
São 164 peças feitas, entre os séculos 16 e 21 [...]
Nesta terça-feira, 11 de junho (terça), o Museu do Ipiranga inaugura a exposição temporária "Sentar, guardar, dormir", que revela a evolução de diferentes tipos de mobiliário ao longo do tempo.
Com foco nas três ações humanas que dão nome à exposição, assim como nas soluções criativas adotadas em diferentes épocas, o Museu do Ipiranga realiza essa mostra de móveis produzidos entre os séculos 16 e 21, com as peças criadas de acordo com as demandas de cada período.
As 164 peças escolhidas, entre elas, bancos, cadeiras, sofás e escrivaninhas, estabelecem um diálogo entre os acervos do MCB (Museu da Casa Brasileira), com 118 móveis, e do Museu Paulista, com 46 peças, expondo a complementaridade dos acervos das duas instituições estaduais paulistas.
Para facilitar o diálogo com o público, a exposição foi organizada por tipos de móveis, permitindo uma comparação clara entre as formas de desenvolvimento do mobiliário, seja por métodos artesanais ou industriais.
A diversidade cultural e social brasileiras está presente na exposição, em peças de heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram o Brasil.
Entre os destaques está a cadeira Paulistano, obra do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, de 1957, a famosa "cadeira-pudim" de aço espiral, muito fino e flexível, que é "vestido" com uma capa em couro ou lona.
SENTAR
Essa seção da exposição apresenta móveis populares, cadeiras e poltronas feitas por designers dos séculos 20 e 21 e conjuntos de sofás e cadeiras dos séculos 18 e 19.
Entre elas, é possível ver cadeiras de balanço, sofás, poltronas, bancos e cadeiras de costura. Entre os destaques, figuram peças elaboradas para o trabalho como uma cadeira de barbeiro e um raro exemplar de cadeira de dentista portátil, além de bancos e esteiras indígenas.
GUARDAR
São apresentados diversos tipos de móveis usados para armazenar roupas, cartas, documentos e valores, como caixas, canastras, cofres, cômodas, armários, guarda-roupas, contadores, papeleiras e escrivaninhas.
Entre os destaques, estão a cômoda papeleira com seus sistemas de segredo e cangalhas utilizadas em mulas para o transporte de cargas e o guarda-roupa que que pertenceu ao aviador Alberto Santos Dumont.
DORMIR
São exibidos móveis que evidenciam diversas formas de deitar e descansar, da rede de origem indígena às camas de casal.
Muitas delas foram ofertadas às coleções dos museus por terem pertencido a membros das elites, como a família imperial e nobres que receberam seus títulos dos imperadores, como a Marquesa de Santos, ou de personalidades da política no regime republicano.
"Sentar, guardar, dormir" ficará em cartaz em um salão de exposições temporárias, com 900 m², no piso jardim, o novo pavimento do Museu do Ipiranga.
A exposição tem curadoria dos docentes do Museu Paulista, Maria Aparecida de Menezes Borrego e Paulo César Garcez Marins, e do convidado Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira.
Também colaboraram na curadoria os assistentes Rogério Ricciluca Matiello Félix e Wilton Guerra, pela primeira vez juntos.
SAIBA MAIS
"Sentar, guardar, dormir: Museu da Casa Brasileira e do Museu Paulista em diálogo"
Museu do Ipiranga (Rua dos Patriotas, 100 - Ipiranga)
De terça a domingo (incluindo feriados), das 10h às 17h
Ingressos para as exposições de longa-duração: R$ 30 (grátis às quartas-feiras e primeiro domingo do mês)
A exposição fica em cartaz até 29 de setembro