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Dia do Corno: conheça os 'cucks', pessoas que têm fetiche em serem traídas

Estilo de vida é semelhante ao de um voyeur, só que com a própria esposa; pesquisa mostra que há quem tenha tesão em ser traído

25 abr 2022 - 17h58
(atualizado em 27/4/2022 às 14h49)
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Fagner e Kris
Fagner e Kris
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O que pode ter um sabor amargo e acabar de vez com uma relação amorosa para alguns, para outros é um prato cheio de novas experiências e descobertas. Tem marido que gosta de ser corno. É o que os chamados cuckolders defendem: eles têm fetiche em serem traídos pelas esposas. Tudo acontece sempre combinado entre os participantes, é claro.

Na dinâmica do casal que pratica o fetiche, existe a hotwife, a mulher que garante que os chifres aconteçam, e o cuckold, o marido que sente prazer ao ver a esposa tendo relação sexual com outra pessoa. O "comedor" é o terceiro elemento — aquele que outrora era conhecido como amante

Fagner Figueiredo é um desses maridos que praticam o sexo liberal. Ele contou ao Terra que sempre preferiu histórias envolvendo relações entre três pessoas, mas nunca tinha experimentado até começar a namorar Krissia Figueiredo.

"Com seis meses que estávamos namorando, fiz a proposta para ela. De início, ela achou estranho e que era uma desculpa para terminar com ela, que estava testando", relembra. A mulher chegou a ficar duas semanas sem falar com o namorado, mas logo eles se acertaram e decidiram tentar. "Ela amadureceu a ideia e aceitou".

Fábio e Kris
Fábio e Kris
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Com um ano de namoro, o casal participou do primeiro ménage à trois, com mais um parceiro. Como ambos gostaram da relação, tornaram o fetiche um hábito.

Fagner conta que sua esposa tinha a autoestima baixa e, para ajudá-la, ambos decidiram passar a compartilhar as experiências nas redes sociais, através do perfil @mundodeumcorno. Inicialmente, de forma anônima. "Isso nos ajudou, porque iam comentando e elogiando ela", conta.

Quando o casal se mudou para Salvador (BA), decidiu mostrar seus rostos nas redes sociais e assumir o lifestyle. Segundo Fagner, esse nicho era pobre de conteúdo, com poucas pessoas assumindo o estilo de vida. O cuckold, inclusive, é defensor convicto desse novo modo de se relacionar. O saldo? Bem-estar sexual do casal.

"Deu mais intimidade para nós. Desde o início, sempre fomos muito abertos para falarmos sobre o que temos vontade ou não queremos fazer. Nosso relacionamento é 100% aberto ao diálogo", acrescenta.

Estilo de vida

O casal não está sozinho neste estilo de vida. Uma pesquisa encomendada pela Sexlog, rede social de sexo e swing no Brasil, apontou que uma boa parcela da população brasileira sente tesão em ser traído. É tão comum, aliás, que a pesquisa constatou que 80% dos entrevistados topariam realizar o fetiche sem nem pensar duas vezes, caso tivessem a oportunidade. 

Na questão entre ser traído ou ser amante, a diferença é que 30% responderam que preferem ser o corno e 60% gostam mais de estar com a mulher alheia, segundo a plataforma Sexlog. E, falando no terceiro elemento, conhecidos como "comedores", 35% revelaram preferir que o marido assista, enquanto 25% fazem questão da participação do marido no ato. 

Sobre os maridos mais ousados, 67% disseram que gostam de registrar a própria esposa transando com outro. O casal Fagner e Kris são adeptos a essa modalidade. Depois do ato, eles compartilham o material em sites adultos.

"O solteiro que tem interesse em sair com a gente precisa deixar filmar, mas borramos o rosto e mudamos a voz", conta o cuckold.

Fonte: Redação Terra
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