Veja como se proteger do Sarampo. Há um surto dele no mundo
No cenário internacional, a circulação do vírus do sarampo voltou a registrar números crescentes. Em especial, em locais com baixas taxas de vacinação. Saiba como se proteger da doença!
Recentemente, relatos de novos casos de sarampo vêm surgindo em diversas regiões do mundo, provocando preocupação entre autoridades de saúde e a população. O sarampo, que me manifesta com sintomas como febre alta, manchas vermelhas pelo corpo e tosse intensa, é uma enfermidade altamente contagiosa. Ela pode levar a complicações sérias, principalmente em crianças e pessoas não imunizadas. Desde o início de 2024, observou-se uma elevação importante nos índices de transmissão. Inclusive, em países onde a doença havia sido considerada controlada nos últimos anos.
No cenário internacional, a circulação do vírus do sarampo voltou a registrar números crescentes. Em especial, em locais com baixas taxas de vacinação. A reintrodução desse vírus em muitas nações associa-se diretamente com a redução da cobertura vacinal, somada a movimentos antivacina e dificuldades logísticas que tiveram agravamento durante a pandemia de Covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o risco de surtos permanece elevado caso não sejam retomadas campanhas efetivas de imunização e estratégias de vigilância epidemiológica intensificadas.
Como está a situação do sarampo no Brasil em 2025?
No Brasil, o sarampo voltou a figurar entre as principais preocupações em saúde pública devido ao ressurgimento de casos e notificações de surtos localizados. Após períodos de controle da doença, especialmente após a certificação de eliminação alcançada em 2016, o país perdeu esse status em 2019 devido a casos importados e subsequente disseminação. Em 2025, o Ministério da Saúde mantém o rigor na vigilância, com ações voltadas para a identificação precoce de novos casos e monitoramento em áreas de maior vulnerabilidade.
As maiores ocorrências se concentram em grandes centros urbanos e regiões com histórico de coberturas vacinais insuficientes, como algumas áreas da região Norte e Nordeste. Assim, o enfrentamento aos surtos envolve não apenas a atuação dos profissionais de saúde, mas também a colaboração de escolas, comunidade e agentes locais na identificação de sintomas e encaminhamento ao sistema de saúde em tempo hábil.
O que é essencial para se proteger do sarampo?
A melhor forma de evitar o contágio pelo sarampo continua sendo a vacinação. Assim, a vacina tríplice viral, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A sua indicação é para crianças a partir de 12 meses, com uma segunda dose prevista aos 15 meses. Além disso, adultos não vacinados ou sem comprovação de vacinação também podem e devem buscar imunização nas unidades de saúde.
- Atualização da caderneta de vacinação: Consultar o histórico vacinal e seguir as orientações das autoridades de saúde.
- Evitar contato com pessoas infectadas: O vírus se espalha facilmente através de gotículas respiratórias.
- Higiene pessoal: Lavar as mãos frequentemente e cobrir o nariz e boca ao tossir ou espirrar ajudam a reduzir riscos de transmissão.
- Notificar sintomas suspeitos: Febre, manchas avermelhadas e sintomas respiratórios devem ser informados rapidamente ao serviço de saúde.
Por que a vacinação é tão importante para conter novos surtos de sarampo?
A cobertura vacinal elevada é fundamental para bloquear a circulação do vírus do sarampo. Quando há a imunização da maior parte da população, o caminho de transmissão do vírus se interrompe, protegendo inclusive pessoas que, por motivos médicos, não podem receber a vacina. Portanto, a queda nas taxas de vacinação, que ocorre em várias localidades brasileiras desde 2020, cria espaços para a reintrodução e propagação do vírus em comunidades onde a doença havia desaparecido.
A vacinação também se mostra essencial em viagens internacionais. O risco de importação de casos segue presente, especialmente para quem visita países com aumento no número de casos. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que quem vai viajar esteja com o esquema vacinal completo pelo menos quinze dias antes da partida. Além disso, campanhas itinerantes, checagem intensiva em escolas e ações em territórios de difícil acesso são estratégias em andamento para reverter tendências de baixa imunização e proteger a população.
Com a intensificação dos esforços de vacinação e educação em saúde, aliada à colaboração da sociedade no reconhecimento dos sintomas e busca por atendimento precoce, é possível reduzir significativamente os riscos associados ao sarampo. Informações atualizadas, comunicação clara sobre a segurança das vacinas e a mobilização de diferentes setores podem evitar o retorno de surtos mais graves no Brasil e no mundo.