Saiba o que é o exame de papanicolau e qual a sua importância
O exame de papanicolau é um dos principais métodos utilizados na saúde feminina para detectar alterações nas células do colo do útero antes que se transformem em doença mais grave. Saiba mais!
O exame de papanicolau é um dos principais métodos utilizados na saúde feminina para detectar alterações nas células do colo do útero antes que se transformem em doença mais grave. Assim, ele faz parte da rotina ginecológica e, em muitos casos, é solicitado junto com outros exames preventivos. Apesar de simples e rápido, o procedimento tem impacto direto na redução de casos de câncer do colo do útero e em outras infecções que podem afetar essa região.
De forma geral, o exame é recomendado para pessoas com colo do útero que já iniciaram a vida sexual. Em especial, na faixa etária considerada de maior risco para alterações celulares. Por isso, em vários sistemas de saúde, inclusive o brasileiro, o apanicolau é oferecido de forma periódica como estratégia de rastreamento, ajudando a identificar lesões iniciais causadas principalmente pelo vírus HPV. Quando feito regularmente, aumenta a chance de diagnóstico precoce e de tratamento menos invasivo.
O que é o exame de papanicolau?
O exame de papanicolau, também chamado de citologia oncótica do colo do útero, é um teste laboratorial que analisa células retiradas da parte interna e externa do colo uterino. Durante a consulta, o profissional de saúde utiliza um espéculo para visualizar a vagina e o colo do útero e, em seguida, coleta delicadamente o material com uma escovinha ou espátula própria. Essas células são colocadas em uma lâmina ou frasco com líquido conservante e enviadas ao laboratório.
O objetivo principal é identificar alterações microscópicas nas células, como inflamações, infecções por vírus, fungos ou bactérias, além de mudanças compatíveis com lesões pré-cancerosas ou cancerosas. Esse tipo de avaliação permite detectar problemas em estágios iniciais, muitas vezes antes do aparecimento de sintomas. Em alguns serviços, o laudo também pode apontar sinais indiretos de infecção pelo papilomavírus humano, principal responsável pelo câncer de colo do útero.
Qual a importância do exame de Papanicolau para a saúde feminina?
A palavra-chave central aqui é exame de papanicolau, pois ele é reconhecido mundialmente como uma das estratégias mais eficazes de prevenção do câncer do colo do útero. Estimativas recentes indicam que grande parte dos casos dessa doença está relacionada a infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV, que podem provocar alterações celulares lentas e silenciosas. A citologia cervical permite identificar essas mudanças muito antes de se tornarem um tumor invasivo.
Quando o rastreamento é feito com regularidade, a chance de encontrar lesões em fase inicial aumenta de forma significativa. Nessa etapa, o tratamento costuma ser mais simples, com procedimentos de menor porte e recuperação rápida. Além do aspecto oncológico, o papanicolau também tem importância na detecção de outras condições, como infecções vaginais, cervicites e alterações hormonais que podem causar desconfortos, sangramentos ou corrimentos.
Como o exame de papanicolau é realizado na prática?
O procedimento é ambulatorial, dura poucos minutos e não exige preparo complexo. Em geral, recomenda-se que o exame seja feito fora do período menstrual e que, nos dois dias anteriores, seja evitado o uso de duchas vaginais, cremes internos ou relações sexuais com penetração, para não interferir na amostra de células. Na consulta, a pessoa é orientada a deitar na maca ginecológica, e o profissional introduz o espéculo para visualizar o colo do útero.
Com o colo exposto, é feita a coleta de material da região externa (ectocérvice) e do canal interno (endocérvice). Essa coleta pode gerar pequeno desconforto, mas, em condições habituais, é rápida. Depois, o material segue para análise citopatológica. O laudo costuma trazer classificações padronizadas, indicando se as células estão dentro da normalidade, se há inflamação, se existem células atípicas ou se foram encontradas lesões de baixo ou alto grau.
Com que frequência o exame de papanicolau deve ser feito?
A periodicidade do papanicolau pode variar conforme as diretrizes de cada país, mas, em linhas gerais, o rastreamento é recomendado para pessoas com colo do útero a partir de determinada idade e que já tenham iniciado atividade sexual. Na rotina de muitos serviços, o exame é feito anualmente nos primeiros anos e, se os resultados forem repetidamente normais, o intervalo pode ser ampliado para a cada três anos, sempre conforme orientação médica.
Alguns fatores podem exigir acompanhamento mais próximo, como histórico de lesões cervicais, infecção pelo HIV, uso de imunossupressores ou cirurgia prévia no colo do útero. Nesses casos, o profissional de saúde avalia a melhor frequência. Também é importante reforçar que, mesmo após a vacinação contra o HPV, o Papanicolau continua indicado, pois a vacina não cobre todos os tipos virais e não substitui o rastreamento citológico.
Quais cuidados antes e depois do exame de papanicolau?
Para melhorar a qualidade da amostra, alguns cuidados simples costumam ser recomendados antes do exame:
- Evitar relações sexuais com penetração nas 48 horas anteriores.
- Não usar duchas, cremes ou medicamentos vaginais nesse período, salvo orientação específica.
- Preferir realizar o exame fora dos dias de fluxo menstrual intenso.
Depois do procedimento, a rotina geralmente pode seguir normal. Em alguns casos, pode ocorrer discreto sangramento ou cólica leve, o que tende a ser passageiro. O retorno ao serviço de saúde para discussão do resultado é etapa essencial, especialmente quando há alguma alteração. A partir do laudo, o profissional define se será necessário repetir o exame em intervalo menor, solicitar testes complementares, como pesquisa de HPV, ou indicar tratamento específico.
Por que manter o exame de papanicolau em dia é tão relevante?
Manter o exame preventivo do colo do útero atualizado está diretamente ligado à redução de mortalidade por câncer cervical ao redor do mundo. Países que adotaram programas amplos de rastreamento com Papanicolau observaram queda expressiva nos casos avançados da doença. O exame é relativamente acessível, de baixo custo e amplamente disponível em unidades básicas de saúde, clínicas particulares e serviços de atenção à mulher.
Em 2025, o cenário da prevenção combina três pilares principais: vacinação contra HPV, rastreamento periódico com papanicolau ou testes de HPV de alto risco e tratamento adequado das lesões identificadas. Quando essas estratégias são associadas, o risco de evolução para câncer do colo do útero tende a diminuir de forma importante. Dessa forma, o exame de Papanicolau permanece como um aliado central na proteção da saúde ginecológica ao longo da vida reprodutiva e também em faixas etárias mais avançadas, conforme avaliação individual.
