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Por que anticoncepcionais e Viagra podem, em casos raros, causar perda de visão

O uso de anticoncepcionais hormonais e de medicamentos como o Viagra costuma gerar dúvidas, principalmente quando se fala em risco de perda de visão. Embora seja raro, saiba por que isso pode acontecer.

26 dez 2025 - 14h03
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O uso de anticoncepcionais hormonais e de medicamentos como o Viagra costuma gerar dúvidas, principalmente quando se fala em risco de perda de visão. Em situações raras, alguns remédios podem estar associados a alterações visuais importantes, o que leva a questionamentos sobre segurança, dose adequada e possíveis fatores individuais que aumentam a vulnerabilidade. A discussão envolve circulação sanguínea, pressão arterial, coagulação e condições pré-existentes que muitas vezes nem são conhecidas pela própria pessoa.

Embora anticoncepcionais e Viagra tenham finalidades diferentes, ambos podem influenciar mecanismos vasculares e hormonais. Isso significa que, em indivíduos predispostos, alguns efeitos adversos podem se manifestar de forma mais intensa, inclusive nos olhos. Por essa razão, o tema costuma ser tratado com atenção por especialistas, que observam histórico clínico, uso de outros medicamentos e fatores de risco cardiovasculares.

Embora anticoncepcionais e Viagra tenham finalidades diferentes, ambos podem influenciar mecanismos vasculares e hormonais – depositphotos.com / nito103
Embora anticoncepcionais e Viagra tenham finalidades diferentes, ambos podem influenciar mecanismos vasculares e hormonais – depositphotos.com / nito103
Foto: Giro 10

Por que o Viagra pode afetar a visão em casos raros?

O Viagra, cujo princípio ativo é o sildenafil, atua principalmente na dilatação dos vasos sanguíneos para facilitar o fluxo de sangue para o pênis. Esse efeito vasodilatador, porém, não é totalmente seletivo e pode atingir outros vasos do corpo, inclusive os relacionados à circulação ocular. Em situações pouco frequentes, essa alteração circulatória pode favorecer quadros de isquemia, ou seja, redução do fornecimento de sangue para determinadas estruturas dos olhos.

Entre as complicações relatadas, uma das mais discutidas é a neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIA-NA), uma condição em que o nervo óptico sofre dano por falta de irrigação adequada. Esse problema pode levar à perda súbita e indolor da visão em um dos olhos. Embora os casos sejam raros, a possível associação com o uso de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (como o sildenafil) fez com que agências regulatórias incluíssem alertas em bulas oficiais.

Os fatores que costumam ser considerados de maior risco incluem:

  • Idade mais avançada, geralmente acima de 50 anos;
  • Histórico de doenças cardiovasculares, como hipertensão ou diabetes;
  • Colesterol elevado e tabagismo;
  • Uso prévio de doses altas ou repetidas do medicamento;
  • Alterações anatômicas no disco óptico, observadas em exames oftalmológicos.

Nesses cenários, o remédio não é, por si só, a única causa da perda visual, mas pode funcionar como um fator desencadeante em um organismo já vulnerável. Além disso, o Viagra pode causar, de forma transitória, alterações mais leves na visão, como mudança na percepção de cores (visão azulada), sensibilidade à luz ou visão embaçada, efeitos que costumam ser reversíveis e relacionados à dose. Embora bem menos graves que a perda súbita de visão, esses sintomas indicam que o medicamento também atua em estruturas oculares sensíveis, o que explica por que se mantém vigilância sobre seus efeitos visuais.

Por que o anticoncepcional pode trazer risco visual em alguns casos?

No caso dos anticoncepcionais hormonais, o principal mecanismo de risco visual está ligado à alteração da coagulação sanguínea e ao aumento da chance de trombose em algumas pessoas, sobretudo nos métodos que contêm estrogênio. Ao tornar o sangue mais propenso à formação de coágulos, esses medicamentos podem favorecer eventos tromboembólicos que atingem diferentes regiões do corpo, inclusive os olhos e o cérebro.

Quando um coágulo obstrui vasos envolvidos na nutrição da retina ou do nervo óptico, podem ocorrer quadros graves, como oclusão de veia ou artéria da retina, que levam à perda súbita de visão. Em situações menos frequentes, eventos trombóticos cerebrais (como AVC) também podem comprometer áreas responsáveis pela visão, resultando em perda parcial do campo visual, visão dupla ou outros déficits visuais.

Os fatores que aumentam o risco de complicações visuais associadas ao uso de anticoncepcionais incluem:

  • Histórico pessoal ou familiar de trombose ou embolia;
  • Alterações genéticas de coagulação (como trombofilias);
  • Tabagismo, especialmente acima de 35 anos;
  • Enxaqueca com aura (que já indica maior vulnerabilidade vascular cerebral);
  • Obesidade, sedentarismo e hipertensão não controlada.

Assim como ocorre com o Viagra, o anticoncepcional não é, isoladamente, a única causa desses problemas, mas pode ser o elemento que desequilibra um sistema já predisposto. Por isso, sua prescrição costuma ser antecedida por uma avaliação criteriosa de fatores de risco, com busca ativa de sinais de trombose prévia, enxaqueca com aura e histórico familiar sugestivo.

Anticoncepcional e Viagra causam cegueira quando usados?

A principal palavra-chave nessa discussão é risco, e não inevitabilidade. Nem o uso de anticoncepcional, nem o de Viagra, é apontado, por padrão, como causa direta e frequente de cegueira. O que existe é uma possibilidade rara de eventos vasculares oculares ou neurológicos, que pode se manifestar em pessoas com maior vulnerabilidade, a partir dos mecanismos já descritos para cada medicamento.

No caso do Viagra, o foco recai sobre alterações da circulação ocular e do nervo óptico, com risco incomum de isquemia em indivíduos predispostos. Já nos anticoncepcionais, o ponto central é a maior tendência à formação de coágulos que podem obstruir vasos da retina ou do cérebro. Em cenários extremos, esses processos podem levar a perda visual súbita.

Alguns possíveis desdobramentos em situações de risco elevado incluem:

  1. Oclusão de veia ou artéria da retina, levando a perda súbita de visão;
  2. Isquemia do nervo óptico, como na NOIA-NA relacionada ao Viagra;
  3. Eventos tromboembólicos sistêmicos, originados por trombose associada ao anticoncepcional.

É importante destacar que esses quadros são considerados incomuns. A maior parte das pessoas que utilizam anticoncepcionais ou Viagra não apresenta qualquer problema visual grave. O risco cresce quando se somam múltiplos fatores: histórico familiar, tabagismo, pressão alta não controlada, enxaqueca com aura, obesidade e doenças metabólicas.

Quais cuidados reduzem o risco de problemas visuais com esses medicamentos?

Diante da possibilidade, ainda que rara, de perda visual associada ao uso de Viagra ou anticoncepcionais, a orientação costuma ser baseada em prevenção e monitoramento. A avaliação médica individualizada é um dos pontos centrais, principalmente antes de iniciar o uso regular de qualquer um desses medicamentos, ou em caso de aumento de dose.

Algumas medidas consideradas importantes incluem:

  • Revisão do histórico de saúde, incluindo pressão arterial, diabetes, colesterol e episódios prévios de trombose;
  • Investigação de sintomas oculares prévios, como visão embaçada, perda de campo visual ou dor ocular;
  • Atenção a sinais de alerta durante o uso, como perda súbita de visão, manchas escuras no campo visual ou dificuldade para enxergar em um dos olhos;
  • Evitar automedicação e uso de doses maiores do que as prescritas;
  • Discussão sobre métodos contraceptivos alternativos em pessoas com alto risco de trombose.

Em caso de qualquer alteração visual repentina durante o uso de Viagra, anticoncepcional ou ambos, a recomendação de especialistas é suspender o medicamento de forma imediata e buscar atendimento de urgência, preferencialmente com acesso a avaliação oftalmológica. A rapidez na investigação pode fazer diferença para limitar o dano e orientar o tratamento adequado.

No caso dos anticoncepcionais hormonais, o principal mecanismo de risco visual está ligado à alteração da coagulação sanguínea e ao aumento da chance de trombose em algumas pessoas, sobretudo nos métodos que contêm estrogênio – depositphotos.com / MattLphotography
No caso dos anticoncepcionais hormonais, o principal mecanismo de risco visual está ligado à alteração da coagulação sanguínea e ao aumento da chance de trombose em algumas pessoas, sobretudo nos métodos que contêm estrogênio – depositphotos.com / MattLphotography
Foto: Giro 10

Como entender o risco sem gerar alarmismo?

O tema da possível cegueira relacionada ao uso de anticoncepcionais e de Viagra costuma chamar atenção justamente por envolver a visão, um sentido central para a rotina de qualquer pessoa. No entanto, os dados disponíveis até 2025 indicam que esses eventos são raros quando comparados ao grande número de usuários desses medicamentos em todo o mundo. O foco, portanto, recai sobre a identificação de quem pertence a grupos de maior risco e sobre o uso responsável.

Anticoncepcionais e medicamentos para disfunção erétil fazem parte de estratégias terapêuticas amplamente utilizadas, com benefícios reconhecidos em planejamento reprodutivo e qualidade de vida sexual. A chave está em acompanhar sinais do próprio organismo, manter consultas regulares e esclarecer dúvidas com profissionais de saúde, especialmente quando há fatores de risco cardiovasculares ou histórico familiar preocupante.

Dessa forma, o risco extremo, como a cegueira, permanece como uma possibilidade pouco frequente, mas que exige atenção. Informação clara, uso orientado e monitoramento adequado tendem a reduzir significativamente a chance de que eventos graves se manifestem de forma inesperada, seja com o uso de anticoncepcionais, seja com o uso de Viagra.

Giro 10
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