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Parkinson: como perceber primeiros sinais de doença que Ozzy Osbourne recebeu diagnóstico em 2019

Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas no mundo lutem contra a doença

23 jul 2025 - 22h48
(atualizado em 23/7/2025 às 17h54)
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Resumo
Ozzy Osbourne morreu aos 76 anos sem causa da morte confirmada, mas ele lutava contra o Parkinson desde 2019, doença que, embora sem cura, pode ter progressão reduzida com tratamento adequado.
Parkinson, lesões na coluna: veja os problemas de saúde de Ozzy Osbourne, que morreu aos 76 anos:

Ozzy Osbourne morreu nesta terça-feira, 22, aos 76 anos. Até o momento, não há uma confirmação sobre a causa da morte, mas, em 2020, a lenda da música anunciou que lutava contra o Parkinson, diagnosticado em 2019. 

De acordo com a associação Parkinson's Foundation, estima-se que 10 milhões de pessoas no mundo lutem contra a doença. Embora acometa pessoas de todas as idades, os principais atingidos têm mais de 60 anos.

Em conversa com o Terra, a Dra. Ana Rita Donati, médica fisiatra da AACD, classificou os sinais do Parkinson como motores e não motores , como, por exemplo, alterações no controle da pressão, sistema cardiovascular, humor e qualidade de sono, que muitas vezes são confundidos com outros problemas. 

Entre os sintomas não motores, o que mais chama a atenção para o Parkinson é a dificuldade no olfato. Diante desse cenário, o diagnóstico da doença só costuma acontecer quando começa a afetar o lado físico e impactar no dia a dia do paciente.

“A gente só consegue diagnosticar o Parkinson quando começa a ter sintomas que são o tremor, a instabilidade postural, vai andando com o corpo inclinado pra frente, a diminuição da velocidade do movimento e a rigidez. Então, depois que ele começa a abrir esse quadro físico que vai atrapalhar e que vai perceber, aí eu consigo dar o diagnóstico. Mas a gente sabe que cerca de 10 a 15 anos antes dela ficar visível, de virar física, já existe no corpo”, explica a especialista.

Conforme explicação da médica, o Parkinson é uma malformação da proteína alfa-sinucleína, que acaba por se depositar em uma área do cérebro chamada de substância negra. 

Esse movimento passa a ser prejudicial para a formação de dopamina, importante para o controle da movimentação motora e que tem interação com outros neurotransmissores.

Mesmo com o processo definido, não há uma causa específica para a doença. Em algumas situações específicas em jovens, contudo, a Dra. Ana Rita Donati destaca o componente genético como um possível fator, embora essa linha ainda esteja em fase de estudos.

“A gente não considera que isso é hereditário na maioria dos casos. É só para esses casos mais raros. Você pode ser a primeira pessoa que vai ter a doença. Então, o fato de você não ter na sua família nenhum histórico de Parkinson, não quer dizer que isso te protege”, continua.

Ozzy Osbourne foi demitido da própria banda
Ozzy Osbourne foi demitido da própria banda
Foto: Scott Dudelson/Getty Images

Diagnóstico e tratamento para o Parkinson

Para diagnosticar o Parkinson, os médicos precisam de uma longa análise. Logo de cara, uma avaliação clínica detalhada faz com que os especialistas levem a suspeita adiante. Se a dúvida continuar, um teste farmacológico é feito. 

De acordo com a Dra. Ana Rita Donati, o medicamento Prolopa é utilizado em um tratamento inicial. Em caso de melhora, significa que o paciente realmente tem o Parkinson, já que outras doenças que podem ser confundidas não respondem bem a ele.

Para acabar com qualquer dúvida, exames de imagens são feitos para descartar casos de AVC e tumores, que podem ter sintomas semelhantes: “Você faz a ressonância para você fazer um estudo daquela área anatômica, mas ela não vai dar o diagnóstico, o diagnóstico é clínico”.

Com o diagnóstico em mãos, o paciente pode iniciar o tratamento. O mais comum é o farmacológico, com remédios para a produção de dopamina. Apesar de não ter cura, o Parkinson pode ter sua progressão bastante reduzida com o auxílio médico. 

Em alguns casos específicos, a Dra. Ana Rita Donati indica uma opção mais complexa: “Tem um tipo de estimulação cerebral profunda, que é tipo um marcapasso cerebral, que existe. Ele tem um bom resultado, mas é destinado só a alguns pacientes selecionados. Porque é uma cirurgia, ela é mais complexa e tem alguns fatores, critérios de inclusão. Quando mal indicado, ele tem um resultado muito ruim. Mas os medicamentos, a reposição de dopamina, é obrigatória para todos os pacientes”.

Fonte: Redação Terra
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