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O corpo fala: não passe vergonha nas videoconferências

As videoconferências agora fazem parte da rotina no atual mundo do trabalho. Mas as situações embaraçosas também. Veja como evitá-las.

4 out 2021 - 07h00
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Já imaginou  bater aquele sono no meio da reunião em vídeo? Ninguém está livre disso
Já imaginou bater aquele sono no meio da reunião em vídeo? Ninguém está livre disso
Foto: Scott McLeod / VisualHunt

Há expressões corporais que falam mais do que muitas palavras e podem trazer situações desagradáveis no ambiente de trabalho. Reuniões virtuais provocam desconforto, irritabilidade e potencializam o estresse. Ou seja, coisas que a gente não gosta de demonstrar em público, sobretudo, por educação.

Mas o que fazer para não transparecer esse tipo de emoção, sobretudo, no ambiente corporativo, onde lidamos com pessoas que merecem toda a nossa gentileza e atenção?

A resposta, segundo a especialista em comunicação corporativa, Juliana Algodoal, está não apenas na expressão oral, mas principalmente na expressão corporal. "Afinal, o corpo também fala!", destaca ela, que é professora PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho e tem mais de 30 anos de experiência na prestação de consultoria a executivos, políticos e gestores de grandes empresas.

Se até mesmo num papo informal, com velhos amigos, pega mal demonstrar impaciência, pressa ou qualquer outro tipo de incômodo, imagine então com um cliente, com um chefe ou uma autoridade?

“Geralmente, nesse tipo de situação, as pessoas instintivamente ficam atentas com a própria fala (ou seja, com o tom de voz, a eloquência) para não demonstrar sono, desinteresse, raiva etc. O que elas esquecem, contudo, é que o corpo também se comunica! - e, igualmente a voz, evidencia nossos sentimentos, mesmo quando queremos (ou temos que) escondê-los. Ou seja, assim como a fala, as expressões corporais também devem ser verificadas com atenção. Especialmente agora, que as relações estão cada vez mais digitais”, explica Juliana.

Ela lembra que, diferentemente das reuniões presenciais, onde os participantes geralmente observam quem conduz o encontro e isso centraliza o público, nas reuniões virtuais as pessoas olham para você o tempo todo e, pior, você se enxerga o tempo todo, o que acaba provocando um excesso de autoavaliação e, consequentemente, estresse.

“Essa questão foi alvo de um estudo recente da Universidade de Stanford, que concluiu que o usuário normalmente tem a sensação de prisão diante da tela e pouco se mexe ao longo das videoconferências. Trata-se de um problema vinculado diretamente à expressão corporal e que pode ser facilmente trabalhado a partir de técnicas simples, largamente utilizadas, além, claro, do descanso que é recomendável a todos - embora nem sempre possível”.

Mesmo diante da tela e de tantos expectores, ela garante que é possível interagir de forma mais leve e natural, harmonizando a fala e o gestual, ainda que o cansaço e o estresse sejam latentes. Tudo, claro, em nome do profissionalismo e das boas relações corporativas.

Para ajudar o público nessa difícil missão, Juliana Algodoal separou sete dicas que incluem cuidados com o corpo, com a fala e condutas mais aconselháveis para o ambiente corporativo, durante as reuniões virtuais:

  • - Assim como a voz, o corpo também transmite nossas emoções, portanto, controle o seu gestual para usá-lo de forma suave e calma. Evite, por exemplo, ficar mexendo a cabeça, esfregar/coçar o rosto, olhar para os lados. Tente, na medida em que a tecnologia permitir, olhar nos olhos das pessoas com quem conversa virtualmente, para criar conexão.
  • - As mãos também expressam muito dos nossos sentimentos. Mostrá-las não é algo ruim, mas sem exageros. Gestos suaves demonstram calma, confiança e engaja melhor quem assiste você. Do contrário, demonstram nervosismo;
  • - Evite marcar uma reunião virtual se o assunto puder ser resolvido por e-mail ou com um telefonema, pois reuniões virtuais são mais cansativas;
  • - Fazer reuniões de, no máximo, 30 a 40 minutos. Se forem mais longas, conciliar com pequenos intervalos;
  • - Buscar ter espaços de trabalho em casa confortáveis minimiza o estresse e ajuda na produtividade;
  • - Pausas sonorizadas como: “ãhn” e “humm” poluem sua fala e tiram o foco do conteúdo que está transmitindo;
  • - Usar o headset ou fones de ouvido nas reuniões aumenta o foco e reduz o ruído ambiente. Experimente.
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