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Nova onda de covid-19: crescem infecções por coronavírus pelo mundo; veja como se prevenir

Novas variantes mais transmissíveis e resistentes à vacina preocupam autoridades; maioria dos casos é leve

9 nov 2022 - 08h24
(atualizado às 12h26)
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O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Médicos não veem necessidade de 5º reforço para todos

Especialistas recomendam tomar a 3ª e 4ª doses

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  • Estados Unidos

    As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

    Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

    De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

    Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

    Ásia

    O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

    A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

    Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de "variante pesadelo" por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

    Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

    América do Sul

    Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

    Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

    África

    Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

    Estadão
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