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Luz de celular atrapalha relógio interno; veja curiosidades

Luz artificial atrapalha o relógio biológico e relógio circadiano com problemas pode afetar a fertilidade

3 nov 2014 - 15h44
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Você ajusta o horário exibido em seu despertador no horário de verão, mas seu corpo pode não se adaptar tão rápido assim. Isso acontece por conta do seu relógio interno, tecnicamente chamado de ritmo circadiano, que são variações internas no organismo controladas pelo cérebro. Estas ocorrem ao longo de aproximadamente 24 horas e são altamente sensíveis à luz. Você sabia que até a luz de smartphones pode atrapalhar o seu relógio interno? Confira abaixo nove curiosidades sobre o assunto, listadas pelo jornal Huffington Post:

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1. Luz artificial atrapalha relógio interno

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Escuridão é a maior pista natural de que o momento de dormir está se aproximando. A luz artificial, seja ela de lâmpada, TV ou até mesmo de um smartphone, pode enganar o cérebro, fazendo-o pensar que é hora de ficar acordado e alerta, em vez de se acalmar. "A tecnologia tem efetivamente nos dissociado do ciclo natural de 24 horas, levando-nos a ir para a cama mais tarde", disse Charles A. Czeisler, professor de medicina do sono na Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos. "E usamos cafeína de manhã para levantar mais cedo do que nunca", completou.

2. Acampar poderia ajudar a restaurar o ritmo natural

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Felizmente, eliminar a tecnologia do quarto é uma solução rápida. Quando não há maneiras de ficar conectado, seu corpo pode se sincronizar de maneira mais fácil ao ciclo natural. Em um pequeno estudo da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, acampar por uma semana redefiniu os ritmos circadianos dos participantes. "O que descobrimos é que os ciclos de luz/escuridão naturais proporcionam um forte sinal de que reduz as diferenças que vemos entre as pessoas - os notívagos e madrugadores – dramaticamente", disse o pesquisador Kenneth Wright. 

3. É possível ter jet lag sem viajar

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Você não precisa viajar para um lugar com fuso horário diferente para ter jet lag, que consiste em alterações físicas (cansaço, dor no corpo, problemas digestivos) causadas por mudanças de rotina em viagens. De fato, ficar acordado até mais tarde que o habitual, no sábado e domingo, pode deixá-lo grogue e irritável quando volta à rotina normal na segunda-feira de manhã. Esse é o chamado jet lag social. A mudança de rotina no fim de semana confunde o relógio interno, levando à dificuldade em adormecer na noite de domingo e, consequentemente, a uma segunda-feira difícil. Para evitar o problema, os especialistas recomendam dormir e acordar em horários mais próximos possíveis aos da rotina. Se isso simplesmente não vai acontecer, receber uma dose saudável de luz natural no período da manhã pode ajudar o relógio interno a voltar ao normal.

4. Problemas de jet lag e outros problemas de sono são considerados distúrbios do ritmo circadiano

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Rompimento de padrões normais de sono pode levar tanto à insônia quanto à sonolência excessiva, de acordo com a Cleveland Clinic, nos Estados Unidos. Esses tipos de problemas do sono são distúrbios do ritmo circadiano, uma categoria que também inclui a síndrome do atraso das fases do sono, quando dorme muito tarde e tem dificuldade de se manter produtivo pela manhã, e transtornos por trabalhos em turnos, que afetam quem trabalha à noite ou muda de horário constantemente no emprego.

5. Alguns genes operam no ritmo do relógio interno e mexer com o sono os atrapalha

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Esses genes controlam tudo, desde a temperatura do corpo quanto o açúcar no sangue e, possivelmente, até mesmo o humor. Mas, depois de um pequeno estudo em que os participantes mudaram seus horários de sono para 12 horas fora do normal, constatou-se que quase todos esses genes estavam sem sintonia. "Mais de 97% dos genes rítmicos ficam fora de sincronia com o sono alterado e isso realmente explica o motivo pelo qual as pessoas se sentem tão mal com o jet lag ou quando têm que trabalhar em turnos irregulares", afirmou o pesquisador Simon Archer.

6. Alguns desses genes afetam o sistema imunológico

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Falta de sono pode prejudicar sua resposta imunológica. Pesquisas recentes em animais sugerem que determinados genes responsáveis pela luta contra as bactérias e vírus também são controladas pelo relógio circadiano.

7. Relógio circadiano vacilante pode afetar a fertilidade

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Foto: Getty Images

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As mulheres que querem ficar grávidas devem tomar precauções extras para manter o quarto livre de luz artificial. Pesquisa deste ano mostrou que a produção de melatonina, acionada naturalmente nos horários do ritmo circadiano e atrofiada pela luz artificial à noite, protege os óvulos contra o estresse, por causa de seus poderes antioxidantes.

8. Problemas do sono em pessoas com depressão podem ser devido a relógios circadianos defeituosos

Jornal lista 9 curiosidades sobre relógio interno do corpo
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Foto: Getty Images

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Um estudo comparou 2,13 mil amostras de cérebro de doadores de órgãos mentalmente saudáveis com amostras de doadores clinicamente deprimidos no momento de suas mortes. A atividade do gene no cérebro das pessoas deprimidas mostrou estar desviada do ciclo saudável de 24 horas. "Eles parecem ter o ciclo de sono deslocado e perturbado", disse o pesquisador Jun Li, professor de genética humana na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. "Eles parecem estar dormindo na hora errada do dia, bem como a qualidade de seu sono também é diferente da do sono saudável."

9. Frutas e vegetais têm relógios circadianos

Frutas e vegetais têm seus próprios relógios internos que se mantêm ativos mesmo quando estão nos corredores de supermercado, de acordo com um estudo de 2013. "Eles respondem ao seu ambiente por dias, e descobrimos que poderíamos usar a luz para persuadi-los a produzir mais antioxidantes que combatem o câncer em determinados momentos do dia", comentou Janet Braam, pesquisadora e chefe do departamento de bioquímica e biologia celular da Universidade de Rice, nos Estados Unidos.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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