Injeção contraceptiva pode causar descontrole ovulatório
A injeção contraceptiva é uma dose relativamente alta de hormônios que pode ser ministrada mensal ou trimestralmente. O uso da injeção trimestral, no entanto, pode apresentar alguns aspectos negativos, alertam especialistas. Um deles, é o descontrole ovulatório, que pode acontecer quando é suspensa a utilização do medicamento. Neste caso, a mulher vai levar algum tempo até ter sua fertilidade normalizada.
"Esse tipo de contraceptivo pode ter um efeito prolongado, ou seja, pode impedir a ovulação por um prazo maior dos que os três meses. Mas é importante saber que ele não causa problemas de fertilidade", explica Sérgio Pereira Gonçalves, especialista em reprodução humana e diretor médico da clínica Monteleone, de São Paulo.
Além da injeção anticoncepcional, todos os métodos a base de hormônios podem causar esses problemas temporários, segundo o especialista. "A diferença é que a incidência de descontrole ovulatório é maior nas mulheres que utilizam a contracepção injetável que protege por três meses."
Outros efeitos colaterais
O remédio também é conhecido por dar à mulher uns quilinhos a mais na balança. "Atualmente, o contraceptivo injetável não é muito utilizado e o que motiva as mulheres a buscar outros métodos é justamente o ganho de peso. Esse é um fator que normalmente assusta as pacientes", afirma.
Além do aumento de peso e do risco de desordem ovulatória, esse tipo de anticoncepcional não garante regularidade menstrual durante o período de uso. "Não serão todas as mulheres que vão deixar de menstruar com a medicação. Algumas podem ter sangramentos irregulares durante o mês", diz Sérgio.
Aspectos positivos
Uma das grandes vantagens do remédio é que ele só precisa ser ministrado de três em três meses, detalhe importante para as mulheres que costumam esquecer-se de tomar a pílula anticoncepcional. Além disso, a injeção pode ser adquirida a baixo custo. E a eficácia do tratamento é igual à da pílula, com 0,3% de taxa de falha.
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