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Falta de energia: o que fazer com remédios guardados na geladeira?

Saiba como preservar medicamentos que exigem controle de temperatura durante episódios de queda de energia elétrica

21 out 2024 - 11h29
(atualizado às 13h56)
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A queda de energia prejudica o armazenamento de medicamentos refrigerados como a insulina
A queda de energia prejudica o armazenamento de medicamentos refrigerados como a insulina
Foto: Shutterstock / Alto Astral

A falta de energia que atingiu a região metropolitana de São Paulo na última semana trouxe uma série de transtornos e prejuízos aos moradores. Inclusive, riscos à saúde de quem faz uso de medicamentos termolábeis. Ou seja, remédios que devem ser armazenados dentro de uma faixa de temperatura específica, até 8°C. É o caso, por exemplo, da insulina, usada por pacientes com diabetes tipo 1.

Por ser um medicamento biológico - produzido a partir de células vivas -, as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C e 8°C. Quando ocorre a falta de energia elétrica, a alternativa é se preparar com um "sistema backup". Para isso, tenha dentro do freezer gelos específicos para este fim (tipo gel ou em espuma), que já estejam congelados devidamente. 

De acordo com Liana Montemor, farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, esses gelos podem ser encontrados em lojas especializadas em produtos para refrigeração. Os itens têm propriedades exclusivas que garantem a estabilidade na manutenção térmica dos medicamentos, sendo indicados para produtos que requerem tempo e temperaturas controladas, principalmente para a faixa de 2 a 8°C.

"Quando a energia acabar, pegue o medicamento e os gelos e os coloque no 'sistema backup', que pode ser uma bolsa térmica ou uma caixa térmica. Existem bolsas térmicas que são qualificadas para manter a refrigeração por 12 a 15 horas e há caixas com prazo de conservação que vão de 72 a 96 horas. Tudo depende do quanto o paciente precisa manter o medicamento dentro dessa embalagem e baseado, principalmente, no histórico de queda de energia", orienta a especialista. 

Prepare-se com antecedência 

Quando o paciente vive em uma região onde há queda frequente de energia, ter um "sistema de backup" para conservar o medicamento é fundamental. Assim, é possível acondicionar a medicação em um lugar que seja seguro e qualificado, do ponto de vista térmico, para sua conservação. O uso de termômetros ou dispositivos que monitoram a temperatura também podem ajudar a manter a medicação armazenada na faixa de temperatura adequada.

Cuidados para conservação

Além disso, existem alguns cuidados que precisam ser tomados para preservar o medicamento. Por exemplo, tanto o gelo produzido em forminhas em casa, quanto o gelo artificial não podem encostar diretamente no frasco, devido ao risco inerente de congelamento do medicamento. Por isso, o ideal é utilizar caixas e bolsas térmicas para preservar a medicação, evitando o contato direto com o gelo.

"Existem empresas que são especialistas nesse tipo de solução e que ensinam ao paciente a fazer esse procedimento de forma correta, garantindo a qualidade e eficiência do medicamento", lembra a farmacêutica. Vale ressaltar que, se congelar, a medicação não pode ser mais usada.

A partir do momento em que o medicamento for colocado dentro da caixa ou da bolsa térmica, a embalagem não deve ser aberta. Exceto quando a pessoa precisar fazer a utilização. A insulina e outros medicamentos termolábeis podem perder sua potência e eficácia se forem armazenados fora da faixa de temperatura recomendada, o que pode resultar em possíveis complicações no tratamento. 

Alto Astral
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