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Mulher que morreu aos 117 tinha 'DNA 20 anos mais jovem', diz cientista

Pesquisadores descobriram que María Branyas Morera tinha células de uma pessoa de 94 anos

15 out 2025 - 11h49
(atualizado às 12h03)
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Resumo
Cientistas descobriram que María Branyas Morera, que viveu até os 117 anos, tinha células com comportamento de 20 anos mais jovem, graças à genética e ao estilo de vida saudável.
A espanhola María Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo até 2024, possuía um DNA cerca de 20 anos mais jovem
A espanhola María Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo até 2024, possuía um DNA cerca de 20 anos mais jovem
Foto: Reproduçã

A espanhola María Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo até 2024, possuía um DNA cerca de 20 anos mais jovem do que sua idade real, segundo um estudo publicado na revista Cell Reports Medicine e divulgado pela BBC News.

Branyas morreu em agosto de 2024, aos 117 anos, mas exames feitos ao longo dos três anos anteriores indicaram que suas células se comportavam como as de uma pessoa de aproximadamente 94 anos. O achado, conduzido pelo pesquisador Manel Esteller, do Instituto de Pesquisa de Leucemia Josep Carreras, em Barcelona, ajuda a entender os mecanismos biológicos por trás da longevidade saudável.

De acordo com o estudo, o DNA e o microbioma intestinal da espanhola apresentavam características típicas de pessoas muito mais jovens. As bactérias presentes em seu organismo, por exemplo, lembravam as de alguém com menos de 25 anos. Essa composição microbiana é associada a uma menor inflamação no corpo — fator que pode retardar o envelhecimento.

Além disso, o perfil genético de Branyas indicava uma proteção natural contra doenças comuns da velhice, como câncer, demência e problemas cardiovasculares. Ela também não apresentava variantes genéticas associadas a Alzheimer e outras condições degenerativas.

Os pesquisadores observaram ainda que ela possuía níveis saudáveis de colesterol e glicose, sem sinais de inflamação crônica, uma das principais causas do envelhecimento celular. “Seu sistema imunológico ainda funcionava muito bem; era capaz de combater microrganismos externos, mas não atacava suas próprias células; não induzia inflamação interna”, afirmou Esteller à BBC.

“Uma das razões pelas quais nossa supercentenária atingiu uma idade recorde mundial foi que suas células 'pareciam' ou 'se comportavam' como células mais jovens. Suas células se sentiam e funcionavam como se tivessem 23 anos a menos”, disse Esteller.

Branyas mantinha hábitos simples e regulares, como sono de qualidade, dieta mediterrânea, vida social ativa e contato com a natureza. Aos 113 anos, ela chegou a superar a Covid-19 e, segundo o estudo, apresentava apenas perda auditiva e dores nos joelhos, sem declínio cognitivo.

Para os cientistas, o caso é um exemplo de como genética e estilo de vida podem atuar em conjunto na promoção da longevidade. No entanto, eles destacam que se trata de um caso isolado, já que os resultados não podem ser generalizados sem novas pesquisas com outros supercentenários.

Mesmo assim, o estudo reforça a ideia de que envelhecer com saúde não depende apenas da idade cronológica, mas de como o corpo responde ao tempo.

Fonte: Portal Terra
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