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Aprenda a diminuir o consumo de sal e evite uma série de doenças

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Thaís Sabino

Um em cada seis hipertensos terá doença nos rins, 10 milhões de brasileiros sofrem de insuficiência renal, mas apenas 30% sabem disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). No entanto, essa situação pode mudar e melhorar com algumas dicas práticas na hora de preparar e consumir os alimentos. O sódio, presente no sal de cozinha e alimentos industrializados, é um dos principais fatores de risco, então, dosar e substituir o ingrediente garante uma vida mais saudável.

Eliminar o sal na preparação do macarrão, evitar temperos prontos, reduzir a ingestão de alimentos industrializados, tirar do cardápio carnes e queijos muito salgados e sempre ler o rótulo para verificar a quantidade de sódio já é um começo para se manter longe das doenças que o excesso de sal podem causar.

De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, o sal é uma mistura de 60% de cloreto e 40% de sódio, este último é um dos conservantes mais usados pela indústria alimentícia. "Apesar de ser mineral, quando ingerido em excesso pode causar retenção hídrica, inchaço, desidratação, problemas renais e cardiovasculares", informou ela. Quando o funcionamento dos rins chega a menos de 10%, o paciente precisa fazer a diálise ou transplante dos órgãos. De acordo com o médico nefrologista Roberto Pecoits-Filho, vice-presidente da SBN, o paciente só percebe os sintomas no estágio avançado da doença.

Uma das consequências do consumo excessivo do sal é a hipertensão, responsável pelo maior índice de infartos e acidentes vasculares cerebrais, segundo a nutricionista. As doenças originadas pela ingestão inadequada do produto foram responsáveis por 60% da causa das mortes no mundo. No Brasil, em 2007, elas representaram 72% do total de óbitos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de 5 gramas de sal por dia. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, o consumo individual do produto no Brasil é de 9,6 gramas diários, quase o do dobro do recomendado. "No inverno, as pessoas consomem mais alimentos condimentados e calóricos", afirmou o vice-presidente da SBN.

Mudança nos alimentos
O governo federal assinou, em abril, um termo de compromisso com as associações que representam os produtores de alimentos processados que estabelece um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos.

De acordo com o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, o acordo representa um passo fundamental para que seja atingida a recomendação de consumo máximo da OMS até 2020. O documento define o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos industrializados. Algumas metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2012 e aprofundadas até 2014.

Confira 10 dicas da nutricionista Roseli Rossi e do médico Daniel Guinaldi de como diminuir o consumo do sal na galeria de fotos na aba acima.

Recomendação de sódio:
Crianças (1-3 anos): 325-975 mg
Crianças (4-6 anos): 450-1350 mg
Crianças (7-10 anos): 600-1800 mg
Adolescentes (11 +): 900-2700 mg
Adultos: 1100-3300 mg

Fonte: Food and Nutrition Board, (National Research Council-National Academy of Sciences, 1989).

Alimento - Sódio (mg / 100gr)
Caldo de carne, tablete - 22.180
Bacalhau salgado cru - 13.585
Azeitona verde - 2.983
Macarrão instantâneo - 1516
Salgadinho industrializado - 1450
Salame - 1150
Biscoito salgado, cream cracker - 854
Cereal matinal, milho - 655
Pão francês - 648
Extrato de tomate - 498
Mistura para bolo - 463

Fonte: NEPA-UNICAMP:2004, Nutrição Humana.

A "fast food" é rica em sódio e deve ser evitada
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Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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