Cirurgiões removem rim de porco transplantado após paciente apresentar sinais de rejeição

Uma mulher dos Estados Unidos que viveu com um rim de porco por um recorde de 130 dias teve o órgão removido depois de seu corpo apresentar sinais de rejeição e voltou para a diálise, anunciou a equipe médica nesta sexta-feira, 11.

Towana Looney, de 53 anos, está se recuperando bem da cirurgia de remoção, realizada no último dia 4 no NYU Langone Health, e voltou para casa em Gadsden, no Alabama. Em um comunicado, ela agradeceu aos médicos pela "oportunidade de fazer parte dessa pesquisa incrível".

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A paciente também afirmou que, embora o resultado da operação realizada em 25 de novembro não tenha sido o esperado, seu caso gerou conhecimento e isso poderá "ajudar e inspirar muitos outros em sua jornada para superar a doença renal".

Cirurgião de Towana, Robert Montgomery disse que o motivo da rejeição está sendo investigado. Ele acrescentou que a paciente e a equipe concordaram que seria menos arriscado remover o rim transplantado do que tentar salvá-lo com doses mais altas e arriscadas de medicamentos.

"Fizemos o mais seguro", disse Montgomery à Associated Press. "Ela não está pior do que estava antes (do xenotransplante) e diria que está melhor, porque teve essa pausa de 4 meses e meio da diálise."

Antes do transplante de Towana, apenas outras quatro pessoas nos Estados Unidos receberam órgãos de porcos geneticamente modificados — dois corações e dois rins. Esses pacientes estavam gravemente doentes antes da cirurgia e morreram pouco tempo depois. Agora, os pesquisadores estão tentando realizar esses transplantes em pacientes um pouco menos doentes, como Towana.

Um homem de New Hampshire que recebeu um rim de porco em janeiro está se recuperando bem e há um estudo rigoroso sobre transplantes de rim de porco previsto para começar nos próximos meses. Pesquisadores chineses também anunciaram recentemente um xenotransplante de rim bem-sucedido./COM AP