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Câncer de mama: a relação entre a pele e a doença

Com cerca de 73 mil novos casos estimados para 2024 no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres. Os cuidados com a pele durante o tratamento são essenciais para melhorar a qualidade de vida das pacientes De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de […]

25 out 2024 - 14h35
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Com cerca de 73 mil novos casos estimados para 2024 no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres. Os cuidados com a pele durante o tratamento são essenciais para melhorar a qualidade de vida das pacientes

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama nas mulheres representa cerca de 29,7% dos novos casos da doença. Para muitas dessas pacientes, os tratamentos de radioterapia, quimioterapia e a mastectomia tornam-se essenciais na luta contra o câncer, mas trazem consigo não apenas um impacto psicológico profundo, como também efeitos adversos na pele, que demandam cuidados específicos.

Com cerca de 73 mil novos casos estimados para 2024 no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres
Com cerca de 73 mil novos casos estimados para 2024 no Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres
Foto: Revista Malu

Pele afetada

Segundo a especialista Cynthia Nara, farmacêutica, pesquisadora e CEO da Pele Rara, empresa referência em produtos para peles sensíveis, durante o tratamento quimioterápico, é comum que a pele sofra agressões, como ressecamento, sensibilidade e até descamação. Isso ocorre devido à ação dos medicamentos que afetam não só as células cancerígenas, mas também as saudáveis.

Cynthia destaca a importância de recorrer a soluções que ajudem a manter a integridade da pele durante o tratamento oncológico. "É essencial buscar produtos que auxiliem na proteção e reestruturação da pele sensível, com ingredientes naturais e tecnologias que aliviam os efeitos da radiação, medicamentos e cirurgias".

Sinais

De acordo com Nara, "a pele, além de ser uma barreira protetora, é também um espelho da saúde interna, e, no caso do câncer de mama, ela pode apresentar sinais que vão além da simples aparência. Por isso, cuidar da sua pele é mais do que uma questão estética; é uma forma de proteger a sua saúde, manter a fé na cura e a adesão ao tratamento". No caso do câncer de mama, pode apresentar sinais como o surgimento de nódulos no seio, inchaço semelhante à casca de laranja, retração cutânea, vermelhidão e até ulceração. Esses são sinais que requerem atenção imediata, pois podem indicar algo mais grave.

Cuidados

Nesse sentido, o cuidado dermatológico especializado é um aliado crucial para quem está enfrentando o câncer de mama. Lara Fileti Arruda, médica dermatologista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, ressalta que para amenizar os impactos do tratamento do câncer de mama na pele, o principal é a hidratação. "Uma pele bem hidratada vai sofrer menos do que aquela que já está ressecada e irritada. Manter a barreira cutânea bem hidratada é fundamental para que o tratamento tenha menos complicações possíveis. E caso alguma manifestação ocorra, a orientação é procurar o dermatologista o mais cedo possível", destaca Lara.

Impactos psicológicos do câncer de mama

O neuropsicólogo Aslan Aves explica que a imagem corporal e a feminilidade estão intimamente ligadas à percepção de si mesma para as mulheres. Sentimentos como medo, ansiedade, tristeza costumam estar presentes. E são intensificados pela incerteza sobre o futuro e as mudanças que o corpo sofre durante o tratamento.

"Algumas dicas ajudam a lidar melhor com o processo. Como o apoio emocional a essas mulheres, evitando minimizar seus sentimentos. Respeitar os limites físicos e emocionais da pessoa e oferecer ajuda prática são fundamentais, como acompanhamento em consultas ou outras atividades. Incentive a procura por apoio psicológico, a fim de que possam ressignificar a experiência e desenvolver ferramentas emocionais para lidar com os desafios que surgem durante o tratamento e a recuperação", orienta Aslan.

A especialista Cynthia Nara completa: "muitas vezes, quando a pele está bem, os pacientes mantêm a fé na cura. Quando a pele começa a ficar doente durante a quimioterapia, o paciente acha que o câncer está ganhando e abandona o tratamento". Por isso, preparar a pele está diretamente ligada à saúde emocional. Cynthia, CEO da Pele Rara, busca ajudar o paciente a ressignificar este momento de dor. "O desafio de fazer uma pessoa se sentir viva e acolhida não é negar o seu processo fisiológico. E sim estar presente no seu tratamento", finaliza.

Revista Malu Revista Malu
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