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Câncer colorretal: diagnóstico tardio ainda é regra no país

Estimativas recentes apontam que mais de 60% dos pacientes no Brasil descobrem o câncer colorretal em estágios avançados, quando as chances de tratamento eficaz e sobrevivência diminuem consideravelmente. Entenda por que ainda há esse quadro no país.

30 nov 2025 - 11h03
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O câncer colorretal tornou-se um dos principais desafios de saúde pública no Brasil, especialmente devido ao diagnóstico tardio em grande parte dos casos. Estimativas recentes apontam que mais de 60% dos pacientes descobrem a doença em estágios avançados, quando as chances de tratamento eficaz e sobrevivência diminuem consideravelmente. Por isso, esta situação coloca em destaque questões como o acesso à saúde, informação da população e políticas de prevenção.

Comumente silencioso em suas fases iniciais, o câncer colorretal pode se desenvolver por anos sem manifestar sintomas claros. Isso dificulta a identificação precoce, sobretudo entre pessoas que não realizam exames preventivos ou desconhecem fatores de risco. O contexto brasileiro evidencia ainda obstáculos estruturais, como demora na realização de colonoscopias, limitações de recursos no sistema de saúde pública e falta de campanhas massivas de conscientização.

Diversos obstáculos dificultam a identificação rápida do câncer colorretal – depositphotos.com / JoPanuwatD
Diversos obstáculos dificultam a identificação rápida do câncer colorretal – depositphotos.com / JoPanuwatD
Foto: Giro 10

Por que o câncer colorretal é diagnosticado tardiamente no Brasil?

Os motivos para o diagnóstico tardio do câncer do intestino grosso e reto são variados e envolvem aspectos sociais, econômicos e culturais. Entre os principais fatores, destaca-se o baixo acesso aos exames de triagem, como a colonoscopia, principalmente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos. A fila de espera para consultas e procedimentos também contribui para o avanço silencioso da doença antes mesmo que ela seja identificada pelo paciente ou profissionais da área da saúde.

Outro ponto relevante é a baixa percepção de risco entre a população, que muitas vezes associa sintomas como dor abdominal, sangramento nas fezes ou perda de peso a outras condições. O medo do diagnóstico e o preconceito com exames invasivos também impactam negativamente a busca por atendimento médico precoce.

Quais fatores dificultam a detecção precoce?

Diversos obstáculos dificultam a identificação rápida do câncer colorretal. A seguir, alguns dos principais:

  • Limitações no sistema de saúde: A falta de infraestrutura adequada em hospitais e postos de saúde aumenta o tempo de espera para exames essenciais.
  • Desinformação: Muitos brasileiros desconhecem a importância de realizar exames a partir dos 45 anos, idade recomendada para início da triagem em pessoas sem histórico familiar.
  • Acesso desigual à saúde: Disparidades regionais afetam o atendimento rápido a sintomas suspeitos.
  • Estigmas sociais: Tabus relacionados à manipulação do trato intestinal afastam parte da população dos exames preventivos.

Além disso, há fatores biológicos e comportamentais que aumentam o risco, como dieta pobre em fibras, sedentarismo, sobrepeso e histórico familiar da doença. No entanto, a detecção precoce, por meio de exames como sangue oculto nas fezes ou colonoscopia, pode ser decisiva para alterar a realidade dos diagnósticos tardios.

Como o diagnóstico precoce pode transformar o cenário?

Diagnosticar o câncer colorretal ainda nos estágios iniciais proporciona maiores possibilidades de cura e tratamentos menos agressivos. Neste contexto, campanhas de conscientização e ampliação do acesso a exames preventivos figuram entre as estratégias mais eficazes para reverter o cenário de atrasos. A realização periódica de exames em grupos de risco, aliada à orientação profissional sobre sinais de alerta, contribui significativamente para reduzir a mortalidade.

De acordo com especialistas, a adoção de políticas públicas voltadas ao rastreamento em larga escala e a descentralização dos serviços de saúde podem impactar positivamente os índices de descoberta precoce. Mudanças simples no cotidiano, com foco na alimentação saudável e prática regular de atividade física, também exercem papel importante por ajudarem a prevenir o surgimento de tumores.

O contexto brasileiro evidencia ainda obstáculos estruturais, como demora na realização de colonoscopias, limitações de recursos no sistema de saúde pública e falta de campanhas massivas de conscientização – depositphotos.com / royalty
O contexto brasileiro evidencia ainda obstáculos estruturais, como demora na realização de colonoscopias, limitações de recursos no sistema de saúde pública e falta de campanhas massivas de conscientização – depositphotos.com / royalty
Foto: Giro 10

O que a população pode fazer para prevenir o câncer colorretal?

Além de manter um olhar atento para possíveis sinais e sintomas, a prevenção do câncer colorretal envolve atitudes práticas. Confira algumas recomendações para reduzir os riscos:

  1. Realizar exames periódicos indicados por profissionais de saúde, especialmente após os 45 anos.
  2. Adotar hábitos alimentares ricos em fibras, frutas, verduras e cereais integrais.
  3. Praticar atividades físicas regularmente, minimizando o sedentarismo.
  4. Evitar consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, bem como bebidas alcoólicas.
  5. Buscar orientação médica em caso de histórico familiar ou sintomas persistentes.

O enfrentamento ao diagnóstico tardio do câncer colorretal demanda esforços conjuntos entre governo, sociedade e profissionais da saúde. Melhorar o acesso à informação e exames preventivos representa um passo fundamental para alterar o panorama atual e ampliar as chances de tratamento bem-sucedido no país.

Giro 10
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