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Anvisa libera vacina contra bronquiolite em mães para protegerem bebês

O imunizante Abrysvo, da Pfizer, chega para combater o vírus sincicial respiratório, causador da bronquiolite em crianças desde o nascimento

2 abr 2024 - 17h24
(atualizado em 3/4/2024 às 15h53)
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A Anvisa liberou, nesta segunda-feira (1), a vacina Abrysvo, da Pfizer, contra bronquiolite. A doença é uma inflamação causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que acomete bebês e crianças pequenas e pode evoluir para quadros mais graves, que necessitam de hospitalização.

Foto: twenty20photos/Envato / Canaltech

Indicada para bebês, de recém-nascidos até os 6 meses, a vacina é aplicada na mãe durante o terceiro trimestre da gestação, passando ao organismo do feto por via placentária. O imunizante demonstrou eficácia de 81,8% contra a doença, funcionando por até três anos no organismo da criança. Além dos pequenos, idosos também fazem parte do grupo de risco para a bronquiolite.

"Proteger os bebês e os idosos, os dois grupos mais suscetíveis às infecções pelo VSR, também poderá ser uma forma de aliviar o sistema de saúde, uma vez que essas doenças estão associadas a elevadas taxas de hospitalização", afirma Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, em nota.

No ano passado, a vacina recebeu aval da FDA (Food and Drug Administration, órgão americano análogo à Anvisa). Logo após a aprovação nos EUA, a Pfizer deu entrada na documentação para solicitar o uso da Abrysvo no Brasil.

Vacina da Pfizer contra VSR é aplicada na mão, no terceiro trimestre de gestação, e protege o bebê (Imagem: Addictive_Stock/Envato)
Vacina da Pfizer contra VSR é aplicada na mão, no terceiro trimestre de gestação, e protege o bebê (Imagem: Addictive_Stock/Envato)
Foto: Canaltech

Segundo Renato Kfouri, vice-presidente de imunização da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a vacina se une a outra que oferece anticorpos prontos para o bebê. 

"Reduzir a carga da doença por VSR significa proteger estas crianças de hospitalização, de visitas aos serviços de emergência, de uso de antibióticos. E mais do que isso, o impacto do VSR muitas vezes se dá e não só na fase aguda, mas a longo prazo. Crianças infectadas precocemente muitas vezes desenvolvem uma sibilância, um chiado recorrente", avalia Kfouri.

Em termos de disponibilidade, a Pfizer comenta que o imunizante ainda será submetido à análise da Câmera de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) antes de ter o preço definido para chegar ao mercado.

Efeitos colaterais

A nova vacina apresenta efeitos colaterais leves, como dor no local da aplicação, dores musculares e dor de cabeça, desaparecendo em poucos dias. 

Avaliando-se riscos e benefícios, a vacina torna-se uma solução interessante para gestantes e bebês, além de idosos que pretendem se proteger de infecções graves causadas pelo VSR.

VSR é altamente contagioso

O VSR está associado a surtos em ambientes hospitalares, especialmente em unidades neonatais, com elevada morbimortalidade. Estima-se que o VSR seja responsável por 66 mil a 199 mil mortes por ano em menores de 5 anos no mundo.

A transmissão ocorre por meio do contato direto com gotículas de saliva ou secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada. Os principais sintomas são coriza, tosse leve e, em alguns casos, febre

Fonte: Pfizer; Agência Brasil

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