Quem amamenta pode fazer tatuagem? Entenda!
Descubra se quem está amamentando pode fazer tatuagem e entenda quais são as recomendações para manter a saúde da mãe e do bebê
Em agosto é celebro o mês do Aleitamento Materno Brasil, campanha que visa conscientizar a população sobre a importância da amamentação para a saúde da mãe e do bebê. Pensando nisso e em algumas cautelas que as mamães devem ter durante o período, ouvimos especialistas no assunto para tirar uma dúvida comum às puérperas: quem amamenta pode fazer tatuagem?
Quem está amamentando pode fazer tatuagem?
É importante ter cautela ao fazer uma tatuagem durante a amamentação, pois existem potenciais riscos envolvidos.
Lucas Miranda, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que o risco maior é "por alguma possível infecção adquirida durante o procedimento, já que há uso de a agulha, que pode estar contaminada caso não haja condições adequadas de higiene e segurança".
É recomendado adiar a tatuagem até o término da amamentação para garantir a saúde e segurança tanto da mãe quanto do bebê. A tatuagem envolve a injeção de pigmentos na pele, e pode haver o risco de contaminação, reações alérgicas ou infecções que afetam a qualidade e a segurança do leite materno.
"Caso a mulher opte por tatuar, é importante tomar precauções. Consultar um médico antes é aconselhável para avaliar o momento certo e minimizar riscos. Preferencialmente, não se deve fazer tatuagens em mamas e mamilos durante a amamentação pelo risco de inflamações locais e obstrução dos ductos mamários. Garantir que o estúdio siga padrões de esterilização é crucial", alerta o dermatologista.
O que não pode fazer durante a amamentação?
Além da tatuagem, é indicado que as recém-mamães também evitem outros procedimentos estéticos durante o período da amamentação para evitar possíveis reações ou infecções, como, por exemplo, peeling químico e mecânico, lasers e aplicação de botox.
“A toxina botulínica e qualquer tipo de preenchimentos para linhas de expressão estão proibidos no pós-parto, porque as substâncias podem ser eliminadas pelo leite e colocar a saúde do bebê em risco”, destaca Carla Bortoloto, médica dermatologista, neste texto. A drenagem linfática está parcialmente liberada, a depender da avaliação clínica. “Se o ginecologista avaliar que não há riscos, está liberado”, diz.
Benefícios do aleitamento materno
O aleitamento materno oferece diversos benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe. Ele não somente fornece todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança nos primeiros meses de vida, como também contém anticorpos que ajudam a proteger seu filho contra infecções e doenças (estudos mostram que crianças amamentadas têm menor incidência de diarreia, infecções respiratórias, alergias e até mesmo riscos reduzidos de desenvolver obesidade e doenças crônicas na vida adulta).
A amamentação também é fundamental para as mães, já que durante o processo acontece a liberação de hormônios como a ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal após o parto, auxiliando na recuperação pós-parto. Além disso, amamentar pode reduzir o risco de algumas doenças, como o câncer de mama e de ovário.
Agosto Dourado
Segundo a pediatra neonatologista Bárbara Oliveira, o leite materno "muda do começo até o final da mamada, do começo até o final do dia. Muda se o bebê está doente, muda se dois bebês mamam. Ele tem propriedades imunológicas e cicatrizantes, e é o único alimento capaz de suprir todas as necessidades de um ser humano exclusivamente por 6 meses".
Agosto é chamado de Agosto Dourado justamente porque essa cor simboliza o padrão ouro de qualidade do alimento.