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Os desafios psicológicos na terceira idade

Psicóloga explica como enfrentar conflitos internos e saber lidar melhor com o envelhecimento visando o bem-estar.

8 jul 2022 - 05h00
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Ágeis, os ponteiros do relógio não saem do lugar, mas correm em círculos para nos lembrar de que ele segue em movimento, alheios à nossa vontade. É ao longo dessa jornada que nós, enquanto seres sociais, criamos e desenvolvemos laços, no trabalho, durante a escola e a formação acadêmica, ou na vida pessoal. 

Sem distinção de grupos, um dos objetivos da meditação é o autoconhecimento.
Sem distinção de grupos, um dos objetivos da meditação é o autoconhecimento.
Foto: Vasyl / Adobe Stock

Nesse processo de autoconhecimento, também passamos a realizar autoquestionamentos que provocam as mais diferentes reflexões, sendo uma parte conectada ao próprio avanço da idade. Em levantamento realizado no ano de 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Brasil tem, aproximadamente, 40 milhões de idosos e que esse grupo é o mais afetado pela depressão. 

Popularmente reconhecida como a melhor idade, essa fase deve ser encarada naturalmente, com possibilidade de vivê-la plenamente e com o bem-estar como um de seus pilares, cuidando não apenas da saúde física, mas da mente

“Todo o processo de envelhecimento, desde a fase de criança para adolescência, da adolescência para a vida adulta, nossa condição interna e a nossa condição na sociedade se alteram. Os nossos papéis, as nossas funções, aquilo que a gente quer, como a gente se coloca no mundo, tudo isso vai mudando com o tempo e, na terceira idade, na fase idosa, isso também acontece. A psicologia nos ajuda em mudanças de fases e em mudanças de condições”, afirma a psicóloga Carla Montelli. 

Adaptar-se a cada nova realidade é uma habilidade muito bem avaliada no mundo corporativo, por exemplo. Saber lidar com diferentes situações é uma característica particular, porém uma vantagem para esses profissionais. Isso não é muito diferente na vida pessoal, como enfatiza a psicóloga sobre aprender a lidar com o avanço e chegada à terceira idade. 

“Adaptação é muito particular, cada pessoa enfrenta um desafio. É não se apegar de forma fixa a nada, é ir se avaliando, é você sendo mais maleável, pensando sobre o quanto você quer aquilo, por que você quer aquilo, é você indo de uma forma mais leve.” 

Ainda há certa resistência entre as pessoas sobre alternativas voltadas à saúde mental, como a terapia, porém essa área não tem apenas a ver com um tipo de tratamento, deve ser vista como um modo de organizar os pensamentos, buscar refletir e se conhecer melhor visando qualidade de vida, independentemente da idade. “Acho que em qualquer idade, a terapia ajuda a olhar para dentro, olhar aquilo que incomoda e a entender quais são as possíveis estratégias para que aquilo seja mais palatável”, afirma Carla Montelli. 

Naturalmente, as condições físicas vão mudando com o tempo, todavia isso não quer dizer que a faixas etárias mais elevadas não devam aproveitar os momentos, pelo contrário, além das atividades totalmente direcionadas a esse público, é fundamental ter em mente que o contato com os demais, o convívio e a saúde social são indispensáveis, já que alguns costumam se isolar ou se sentir isolados por inúmeras razões. 

“É essencial que o idoso não deixe de ter vida social. Então, um hobby, um clube de leitura, fazer reuniões, sair, viajar, há grupos de idosos que viajam e isso faz super bem. Eles precisam de pessoas que estejam passando pelas mesmas coisas, que conversem, que tenham gostos similares, que eles realizem troca. O ser humano é social, ele precisa de uma vida social”, complementa a psicóloga.  

Sobre o Atma: com mais de 1000 conteúdos, o app traz meditações e músicas com foco em autoconhecimento, alívio do estresse, controle da ansiedade, para dormir melhor e muito mais.

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