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Ciência descobre novo tratamento para depressão: entenda

Estímulos elétricos podem normalizar a atividade de regiões cerebrais responsáveis pelo bem-estar

3 dez 2018 - 18h41
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A busca por tratamentos que possam reduzir os impactos de distúrbios psicológicos é incessante. E recentemente, cientistas encontraram uma região cerebral que pode ser eletricamente estimulada para potencializar o bem-estar das pessoas que sofrem com doenças como a depressão.

Yurchanka Siarhei (Shutterstock)
Yurchanka Siarhei (Shutterstock)
Foto: Getty Images / Minha Vida

Publicada no periódico Current Biology, a região cerebral responsável pela elevação do humor quando estimulada chama-se córtex orbitofrontal. Os efeitos dessa "eletrificação" foram sentidos apenas por quem tinha distúrbios. Quem apresentava um humor estável, não sentiu os benefícios da técnica.

Portanto, ao invés de aumentar o bem-estar, a eletrificação do córtex orbitofrontal apenas normaliza a atividade desta região cerebral, auxiliando no processo de cura de distúrbios como a depressão.

Por que o estímulo elétrico funciona

O estímulo elétrico faz com que o cérebro simule um estado de bem-estar, semelhante aos que experienciamos quando algo bom acontece conosco. Isto acontece porque a prática induz a mente a criar padrões de bom humor em áreas conectadas ao córtex orbitofrontal.

Como o estudo foi feito

A equipe de cientistas estudou 25 participantes com epilepsia que tinham eletrodos embutidos em seus cérebro, para que os médicos pudessem identificar a origem de suas convulsões. Muitos desses participantes também sofriam de depressão, já que pacientes epiléticos comumente também são depressivos.

Com a autorização dos participantes, os pesquisadores aproveitaram os eletrodos previamente implantados no cérebro dessas pessoas para enviar pequenos pulsos elétricos para áreas cerebrais responsáveis pela regulação do humor, sendo uma delas o córtex orbitofrontal.

Como saber se tenho depressão?

De acordo com o psiquiatra Roney Vargas Barata, da Aliança Instituto de Oncologia, quando uma pessoa está com depressão, que é bem diferente de uma tristeza, alguns sintomas permanecem por mais de duas semanas.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), uma pessoa está com depressão (o chamado Transtorno Depressivo Maior) se apresenta cinco dos seguintes sintomas por pelo menos duas semanas, sendo que deve estar presente pelo menos um dos dois primeiros:

  • humor deprimido na maior parte do dia
  • diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia
  • ganho ou perda de peso significativo (maior que 5% do peso corporal), por diminuição ou aumento de apetite
  • insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersônia
  • agitação ou atraso psicomotor (observado por outros ou autorelatado)
  • fadiga ou perda de energia
  • sentimento de inutilidade e culpa excessiva ou inapropriada
  • capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão
  • pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio.

Caso você se identifique com alguns destes sintomas, é importante procurar ajuda profissional, para que você possa recuperar o bem-estar em sua vida.

Minha Vida
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