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Dia Internacional da Igualdade Feminina é celebrado hoje; saiba mais sobre a data

Entenda a importância da data na luta feminina, além das conquistas e desafios na busca pela equidade de gênero

26 ago 2025 - 15h45
(atualizado às 17h54)
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O Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, é um convite para refletir sobre o longo percurso da luta feminina por direitos, bem como para celebrar conquistas que transformaram a sociedade. Mais do que apenas um ideal, a equidade de gênero é uma necessidade para a construção de um futuro mais justo. Afinal, igualdade significa respeito, reconhecimento e liberdade para todas as mulheres.

Celebrado no dia 26 de agosto, o Dia Internacional da Igualdade Feminina marca a luta histórica pelo voto das mulheres; saiba mais
Celebrado no dia 26 de agosto, o Dia Internacional da Igualdade Feminina marca a luta histórica pelo voto das mulheres; saiba mais
Foto: Reprodução: Canva/Jose carlos Cerdeno / Bons Fluidos

Instituída em 1973 pelo Congresso dos Estados Unidos, a data homenageia o dia em que foi aprovada a emenda que garantiu às mulheres o direito ao voto. Desde então, tornou-se um marco para valorizar o papel feminino na sociedade contemporânea e trazer visibilidade às questões de gênero.

O movimento sufragista: a origem da luta

O direito ao voto feminino - assim como tantos outros avanços relacionados à cidadania das mulheres - só foi conquistado graças ao movimento sufragista. No século XIX, as sufragistas defenderam que as mulheres também deveriam participar da política. O movimento cresceu em diferentes países até que legislações foram alteradas e a mulher passou a conquistar espaço nas urnas e nos cargos políticos.

Essa conquista foi um dos primeiros passos da luta feminista. Ela abriu caminho para outras demandas, como igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, acesso à educação e liberdade sobre seus próprios corpos.

O cenário brasileiro

No Brasil, o movimento feminista organizado ganhou força no início do século XX. Em 1910, a professora baiana Leolinda Daltro fundou o Partido Republicano Feminino. Já em 1922, a cientista e ativista Bertha Lutz criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, ampliando a luta pelo direito ao voto. A vitória veio em 1934, quando o voto feminino foi, enfim, garantido pela Constituição. 

Apenas em 1946, porém, ele se tornou obrigatório, equiparando-se ao voto masculino. Desde então, as mulheres têm ocupado cada vez mais espaço no cenário político e social, mas a participação ainda está longe do equilíbrio.

Igualdade feminina no mercado de trabalho

A realidade do mercado de trabalho, hoje, mostra a dificuldade enfrentada pelas mulheres. Segundo pesquisa da Bain & Company, mulheres ocupam apenas 3% dos cargos de liderança no Brasil. Isso nos torna o segundo país da América Latina com menos mulheres em posições de alta gerência.

A desigualdade salarial também é expressiva. Mulheres podem ganhar até 30% a menos do que homens exercendo a mesma função - e a disparidade é maior quando se trata de mulheres negras. Esses dados mostram que a equidade de gênero ainda é um objetivo distante, e que superar as barreiras exige mudanças estruturais nas empresas, na política e na sociedade.

Representatividade e futuro inclusivo

Diante deste cenário, confira o que dizem mulheres com grande influência no mercado de trabalho brasileiro sobre a data e sua importância.

"Nos setores historicamente dominados por homens, como segurança, logística e transporte, o avanço feminino vem mostrando que diversidade é sinônimo de transformação. Mulheres que chegam a posições de liderança nesses ambientes não só trazem novas perspectivas e maior empatia na tomada de decisões. Também ajudam a redefinir culturas organizacionais, melhorar processos e ampliar a capacidade de inovação. Isso prova que equidade não é um favor ou uma pauta de nicho, mas um pilar essencial de competitividade", diz Ingrid Lucena, diretora de Marketing da Corpvs Segurança, uma das maiores empresas de segurança privada do país.

"O voto foi uma vitória histórica para as mulheres. Mas, se ele nos deu voz nas urnas, a independência financeira é o que realmente nos dá poder de escolha no dia a dia. A liberdade plena não está apenas na política, mas também na nossa capacidade de decidir os rumos da própria vida sem que as contas ou a dependência ditem os limites", pontuou Adriana Melo, especialista em finanças e planejamento estratégico. "Sei o quanto a clareza financeira transforma perspectivas. E esse aprendizado não deve ser restrito ao mundo corporativo. A educação financeira é um caminho de desenvolvimento pessoal, que permite a qualquer mulher escolher com segurança, planejar com confiança e construir uma trajetória que não dependa de terceiros".

"No Dia Internacional da Igualdade Feminina, é importante refletirmos sobre os avanços conquistados e, sobretudo, sobre os desafios que ainda permanecem para garantir a equidade de gênero em todos os espaços sociais e corporativos", falou Kátia Maia, especialista em sustentabilidade, consultora do Banco Mundial do Brasil e PhD em Ciências Ambientais. "Ao longo de mais de duas décadas de atuação em sustentabilidade e ESG, vivenciei como a inclusão da perspectiva feminina contribui para ampliar horizontes estratégicos e consolidar a sustentabilidade como um pilar de governança. Projetos pioneiros em descarbonização, eficiência energética, gestão de resíduos e crédito de carbono não apenas reforçaram a relevância da agenda socioambiental, como também demonstraram que diversidade e inovação são elementos indissociáveis do desenvolvimento sustentável".

"Na minha trajetória, dentro e fora da Seja AP, aprendi que liderar não significa abrir mão de quem somos, mas, sim, usar a autenticidade como força para inspirar e gerar mudanças. Conciliar papéis múltiplos, de profissional, mãe, esposa e mulher, é um desafio constante, mas também é a prova de que a competência feminina vai além de estereótipos e merece ser reconhecida em toda a sua potência. Liderança feminina é, acima de tudo, sinônimo de resiliência, visão estratégica e capacidade de construir pontes", destacou Natália Simony, CEO do Programa Elite Empresarial da Seja AP.

 Uma luta que continua

O movimento iniciado pelas sufragistas há mais de um século trouxe conquistas fundamentais, mas a luta está longe de terminar. O 26 de agosto reforça a importância de manter vivo o diálogo sobre igualdade de gênero, para que futuras gerações possam viver em uma sociedade onde as diferenças não definam oportunidades.

A igualdade feminina não é apenas um direito das mulheres, é um pilar essencial para o desenvolvimento humano. Celebrar esta data é, acima de tudo, reafirmar que um mundo justo e equilibrado só será possível quando todas as pessoas tiverem as mesmas chances de sonhar e realizar.

Bons Fluidos
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