Adoramos tomates, mas estamos desperdiçando 90% de sua proteína. Este cientista holandês está estudando como processar suas folhas para aproveitá-las ao máximo
As folhas jovens do tomateiro são muito ricas em uma enzima com potencial para se tornar uma ótima alternativa vegetal às proteínas animais
Todo mundo sabe que o tomate é repleto de benefícios à saúde, mas poucos imaginam que ele possa ser uma ótima fonte de proteína. Este é o segredo mais bem guardado do tomateiro, que esconde uma enzima em suas folhas em concentrações tão altas que pode se tornar a próxima proteína vegetal do futuro, uma alternativa mais sustentável às proteínas animais.
As folhas de tomate podem conter até 27% de proteínas vegetais, mas o desafio reside em desenvolver um método viável para extrair essas proteínas e transformá-las em uma fonte proteica alternativa em larga escala. Isso poderia ter uma infinidade de aplicações práticas na indústria alimentícia e também como um potencial suplemento.
Este é o objetivo do projeto de doutorado da pesquisadora Marietheres Kleuter na Universidade de Wageningen, na Holanda, coordenado pela especialista Luisa Trindade. O potencial demonstrado nos testes iniciais é promissor, mas a eficiência da extração de nutrientes das folhas precisa ser aprimorada para obter uma proteína comercialmente viável.
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A proteína mais abundante do mundo
As folhas de tomateiro são muito ricas na enzima ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase/oxigenase, conhecida como RuBisCO ou simplesmente Rubisco. Diz-se que é a proteína mais abundante do mundo, pois está presente em todas as plantas que realizam fotossíntese e síntese molecular.
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