A França recomendou que seus cidadãos limitem o consumo de soja: qual o problema nisso?
O país recomenda limitar o consumo da leguminosa devido aos efeitos das isoflavonas
Há alguns meses, no final de março de 2025, a Agência Nacional Francesa para a Segurança Alimentar, Ambiental e Ocupacional (ANSES) publicou um relatório sobre o consumo de soja e seus derivados, recomendando que as autoridades sanitárias do país limitem a disponibilidade de produtos à base de soja em refeitórios escolares, lares de idosos e outros locais semelhantes.
Diante disso, nos perguntamos: a soja faz mal? Mostraremos o que a ciência diz e por que a proibição francesa é justificada.
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Soja e suas isoflavonas
As isoflavonas pertencem ao grupo dos flavonoides, compostos fenólicos que possuem ação anti-inflamatória e antioxidante no nosso organismo, e são, paradoxalmente, a razão pela qual o consumo de soja foi proibido na França.
Isso ocorre porque as isoflavonas são substâncias vegetais naturais presentes nessa leguminosa, que possuem uma estrutura semelhante à dos estrogênios, ou hormônios femininos. Por essa razão, são chamadas de fitoestrogênios, e acredita-se que um excesso de isoflavonas na dieta possa aumentar, bloquear ou interferir na função dos estrogênios em nosso organismo.
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