Xaveco inesquecível tem que ter música no meio
Meu xaveco inesquecível tem que ter música no meio, né? Claro. É impressionante o poder que uma música tem de aproximar as pessoas. Lembro que na primeira Casa dos Artistas, o primeiro beijo da Bárbara Paz com o Supla rolou quando eu soltei I say a litle player (de Diana King). Já tava rolando um clima entre eles, mas bastou eu colocar a música e pronto, não tinha como não acontecer.
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Mas, vamos falar do meu xaveco. Eu tava numa festa. Tava como DJ, tocando, e vi uma pessoa que me chamou muita atenção na pista. Como eu estava discotecando, não me restou muito a fazer se não ficar olhando para ela. Olhei tanto que ela começou a corresponder, e ficamos um tempo apenas naquela troca de olhares.
Só pra contextualizar, isso foi em 2004, na época de Closer, o filme. Coloquei então pra tocar The Blowers Daughter, tema do filme, que é música toda lentinha, deu uma baita quebrada na pista. Do nada, entra uma música lenta, romântica, apaixonada, parou a pista, e óbvio que a pessoa se ligou que era para ela. Os casais entraram no clima, começaram a dançar juntinhos e ela veio falar comigo.
Conversamos um pouco, depois voltei a discotecar normal, continuamos nos olhando. Quando parei de tocar, ficamos juntinhos, foi uma final feliz. E mais uma vez tive a comprovação do poder da música como sedução.
Dica do Rampa
Ok, música é mesmo o bicho, mas vou numa outra linha. Reparem que Laura estava trabalhando. Ela era a DJ responsável pela música da festa, tinha responsabilidades ali. E, quando estamos trabalhando, há que se tomar certas precauções. Pois Laurinha o fez. De início, apenas observou, xavecou no olhar. Depois, usou de um artifício extremamente válido, uma música, continuou xavecando dentro de seus limites, com as armas que poderia usar. E, por fim, só foi ficar mesmo com a pessoa quando parou de tocar, quando o 'trampo já tinha zerado'.
Meus camaradas, não quero aqui parecer um careta de plantão que veta pegadas durante o expediente. Em seus atos é você quem manda. Mas, Laura deu-nos um bom exemplo de como possível executar bem as duas coisas: xaveco e trabalho. Um não precisa sacrificar o outro, parceiro. Esta, para mim, é sem dúvida a grande lição do xaveco musical da rainha musical dos realitys shows.
Todas as segundas-feiras a coluna Meu Xaveco Inesquecível revela cantadas verídicas de famosos e dá dicas quentes para quem pretende se tornar um expert na arte (ou apenas pisar menos na bola).
Fabiano Rampazzo, 34 anos, é jornalista e escritor com quatro livros publicados sobre relacionamento. Para Manual do Xavequeiro (Editora Matrix) o autor entrevistou mais de 200 homens e mulheres de diferentes faixas-etárias, tornando-se um "conhecedor" da arte da conquista.