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Oniomania: saiba mais sobre a síndrome de compras compulsivas e como tratá-la

Compulsão por compras pode afetar finanças, relacionamentos e saúde mental; saiba como identificar os sinais e buscar tratamento

15 set 2025 - 14h28
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A vontade de adquirir algo novo faz parte da rotina de muitas pessoas. No entanto, para quem sofre de oniomania, também chamada de síndrome de compra compulsiva, esse desejo ultrapassa o simples prazer de consumir e se transforma em um transtorno psicológico que impacta diretamente a vida emocional, financeira e social.

A oniomania é um transtorno psicológico que transforma o ato de comprar em alívio momentâneo; saiba mais sobre os sintomas e tratamento
A oniomania é um transtorno psicológico que transforma o ato de comprar em alívio momentâneo; saiba mais sobre os sintomas e tratamento
Foto: Reprodução: Max Fischer/Pexels / Bons Fluidos

O que é a oniomania?

A condição se caracteriza pelo impulso irresistível de comprar, mesmo quando não há necessidade ou recursos para isso. Em geral, o ato de consumir funciona como uma válvula de escape para desconfortos emocionais - como ansiedade, tristeza ou estresse. O problema é que esse alívio dura pouco e, logo depois, surgem sentimentos de culpa, arrependimento e frustração.

O cenário atual também favorece o descontrole: compras online, descontos relâmpago e estratégias de marketing que criam senso de urgência são gatilhos que podem intensificar o comportamento compulsivo.

Sinais de alerta

Nem sempre é fácil identificar a oniomania, já que muitas pessoas tendem a negar o problema. Porém, alguns sinais podem servir de alerta:

  • Descontrole financeiro: dívidas e gastos além do que é possível pagar;
  • Compras escondidas: hábito de ocultar itens adquiridos para evitar julgamentos;
  • Acúmulo de objetos repetidos: roupas que nunca foram usadas ou produtos iguais aos já existentes;
  • Abstinência de consumo: irritabilidade e ansiedade quando não conseguem comprar;
  • Culpa: sensação de alívio que logo dá lugar ao remorso.

Impactos além do bolso

Os prejuízos da oniomania não se limitam ao financeiro. Relações pessoais podem se desgastar, e a saúde mental tende a afetar-se. Conflitos familiares, isolamento e níveis elevados de ansiedade são frequentes. Estudos mostram ainda que a compulsão por compras pode estar associada a outros transtornos, como depressão, transtornos alimentares ou até dependência química, o que revela a complexidade do problema.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, que avaliam sintomas, histórico e possíveis gatilhos. A boa notícia é que, com acompanhamento adequado, é possível controlar a condição. A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) é uma das principais abordagens, pois ajuda a identificar os gatilhos emocionais e desenvolver estratégias para lidar com eles. Em alguns casos, quando há associação com ansiedade ou depressão, o uso de medicamentos antidepressivos ou estabilizadores de humor pode ser indicado por um médico.

Além disso, grupos de apoio, como os Devedores Anônimos, oferecem um espaço de acolhimento e troca de experiências. A terapia em grupo também pode contribuir para o processo de aceitação e mudança.

Como prevenir que o consumo fuja do controle

Nem todo consumidor é compulsivo, mas adotar hábitos conscientes pode evitar que as compras se tornem um problema:

  • Planeje suas compras e estabeleça um orçamento;
  • Espere 24 horas antes de adquirir algo não planejado;
  • Use listas e evite itens fora delas;
  • Não compre para compensar tristeza ou ansiedade. Procure alternativas, como exercícios ou hobbies;
  • Reduza a exposição a gatilhos, como notificações de promoções e perfis de consumo;
  • Converse sobre finanças com pessoas de confiança;
  • Estabeleça metas de longo prazo, como economizar para uma viagem ou reserva financeira.

A oniomania é mais do que gostar de comprar: trata-se de um transtorno que envolve questões emocionais profundas. Reconhecer os sinais e buscar ajuda são passos essenciais para reconstruir uma relação mais saudável com o consumo - e com as próprias emoções.

Bons Fluidos
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