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O que realmente lembramos dos primeiros anos das nossas vidas? Estudo explica

O que a ciência explica sobre as memórias da primeira infância e por que não lembramos delas

8 set 2025 - 12h06
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Grande parte das pessoas não guarda lembranças dos primeiros anos de vida. Mas isso não significa que o cérebro dos bebês não esteja registrando o que acontece ao redor. Um estudo publicado na revista Science aponta que essas memórias não desaparecem por completo - elas podem apenas se tornar inacessíveis com o passar do tempo.

Estudo mostra que bebês formam memórias desde cedo, mas elas podem ficar inacessíveis com o tempo; entenda o processo
Estudo mostra que bebês formam memórias desde cedo, mas elas podem ficar inacessíveis com o tempo; entenda o processo
Foto: Reprodução: Canva/FatCamera / Bons Fluidos

Esse achado confirma algo que muitos pais já percebem no dia a dia: bebês reconhecem rostos, vozes e ambientes familiares. Mesmo que anos depois essas experiências pareçam apagadas, o cérebro dos pequenos está constantemente aprendendo e armazenando informações.

Como o cérebro dos bebês forma memórias

Desde os primeiros meses, o cérebro infantil trabalha de maneira intensa. É nessa fase que surgem os primeiros vínculos afetivos, o reconhecimento dos pais, a comunicação por gestos e expressões, além do aprendizado de padrões.

O hipocampo, estrutura essencial para organizar memórias, ainda está em formação nos primeiros anos de vida. Isso explica por que os registros não ficam armazenados da mesma forma que em crianças mais velhas ou adultos.

O que os estudos científicos revelam

Pesquisas anteriores já sugeriam que memórias formadas cedo tendem a desaparecer se não forem reativadas. Mas a dúvida permanecia: elas realmente somem ou apenas ficam fora do alcance? O novo estudo acompanhou 26 bebês que observaram imagens de rostos, objetos e paisagens. Mais tarde, ao reverem as mesmas figuras, tiveram a atividade cerebral monitorada. Os resultados mostraram que, a partir de um ano de idade, o hipocampo já participa da formação de memórias - especialmente nos bebês mais velhos do grupo.

Estudar a memória de bebês é um desafio, já que eles ainda não falam. Para isso, os cientistas recorrem a métodos alternativos, como monitoramento das ondas cerebrais enquanto observam imagens repetidas, uso de chupetas especiais e testes de atenção visual. Esses recursos permitem identificar sinais de reconhecimento e entender como o cérebro organiza e guarda informações logo no início da vida.

Por que não lembramos da primeira infância?

Mesmo com o hipocampo ativo, a maioria das pessoas não recorda o que viveu antes dos três anos de idade. Este fenômeno é chamado de amnésia infantil. Existem várias hipóteses: as memórias podem não ser armazenadas em longo prazo, podem se perder com o tempo ou se tornarem inacessíveis conforme o cérebro passa por mudanças estruturais no desenvolvimento.

O cientista Nick Turk-Browne, um dos autores do estudo, investiga se crianças mais velhas conseguem reconhecer imagens de quando eram bebês. Os primeiros resultados sugerem que algumas lembranças podem permanecer até os três anos, mas tornam-se cada vez mais difíceis de acessar depois desse período.

A importância das primeiras experiências

Com os avanços da neurociência e novas tecnologias de imagem, os pesquisadores têm conseguido observar com mais detalhes como a memória se organiza na infância.

A ideia de que as primeiras experiências ficam registradas, mesmo que não possamos acessá-las mais tarde, reforça a importância dos vínculos afetivos, da rotina e dos estímulos na vida dos bebês. Afinal, cada olhar, cada gesto e cada cuidado ajudam a moldar o cérebro e influenciam a forma como crescemos e nos relacionamos no futuro.

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