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Gravidez: jornada de estudos e trabalho deve ser de até 8h

15 jan 2013 - 07h12
(atualizado às 07h12)
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Futuras mães podem aliar estudos e gravidez, com os devidos cuidados
Futuras mães podem aliar estudos e gravidez, com os devidos cuidados
Foto: Shutterstock
As mulheres brasileiras estão tendo menos filhos e engravidando mais tarde, e um dos motivos para isso é o ingresso no mercado de trabalho. Jovens adiam cada vez mais a hora de engravidar para poder investir na carreira e nos estudos. No entanto, há aquelas que tentam conciliar as ambições profissionais e maternais. Nesses casos, é preciso estar ciente de que cuidados especiais precisam ser tomados.
 
"Se a paciente não tiver uma gravidez de risco, ela pode continuar com os estudos", é o que afirma o ginecologista e obstetra da Clínica Genics e professor do Instituto de Ciências da Saúde, Dani Ejzenver. Todavia, a mãe precisa adequar a rotina para conseguir dar conta de tudo sem prejudicar o bebê. Portanto, é importante consultar um médico antes de tomar alguma decisão. Se a gestação não for de risco, é possível inclusive frequentar as aulas até poucos dias antes do parto.
 
De acordo com o obstetra, o principal cuidado que as futuras mães devem tomar é evitar situações estressantes e esforço físico acentuado. Essas situações podem prejudicar a gravidez, causando parto precoce e problemas na formação do bebê. Para evitar o risco, o ideal é manter uma rotina de trabalho e estudos com no máximo oito horas diárias, principalmente nos três primeiros e nos últimos meses de gravidez.
 
É importante, no entanto, que as mulheres levem em consideração as mudanças que o organismo vai sofrer e que podem dificultar os estudos. O médico ressalta que é comum o aumento do sono e do cansaço, em especial nos três primeiros meses, além da diminuição da capacidade de concentração e memorização. Além disso, o crescimento do ventre implica em uma alteração no centro de equilíbrio do corpo, o que aumenta a chance de quedas.
 
Como em toda gravidez, as estudantes também precisam cuidar da saúde. Isso implica na manutenção de uma alimentação saudável e na ingestão de, ao menos, dois litros de água por dia. O especialista indica que as mulheres realizem os lanches e as refeições a cada três ou quatro horas. Mesmo que a tentação seja grande, o ideal é evitar ao máximo o consumo de cafeína, presente no café e no chá preto. Caso a mãe não consiga evitar esse hábito, Ejzenver comenta que o consumo deve ser limitado a um expresso ou dois cafés feitos com coador por dia.
 
De acordo com o obstetra, as gestantes devem evitar aglomerações e locais fechados. Portanto, na hora de se locomover, o ideal é não andar em transportes públicos cheios. Já para aquelas que vão de carro, o recomendado é não dirigir após as 34 semanas de gravidez. Além disso, é importante fazer atividades físicas regularmente e dormir, ao menos, oito horas por dia.
 
Para aluna de Fisioterapia, gravidez foi um complicador
A um ano de completar o curso de Fisioterapia, Kellem Mayalu Schneider descobriu que a impossibilidade de ela engravidar - apontada anteriormente por médicos - não era absoluta. Sem os devidos cuidados contraceptivos, ela acabou engravidando. Daqui três meses, a estudante do Centro Universitário Unieuro, de Brasília, terá o seu primeiro filho. Isso não a impediu, no entanto, de continuar frequentando a faculdade. A princípio, o bebê nascerá dois meses antes da sua formatura.
 
Para Kellem, a gestação trouxe dificuldades para a execução das tarefas práticas de sua futura profissão. É necessário realizar exercícios em pacientes, o que exige força, ainda mais porque muitos deles têm limitações motoras. Segundo ela, se pudesse escolher, não teria optado por engravidar durante a faculdade. As mudanças no organismo aliadas às exigências da Fisioterapia foram difíceis. No entanto, tudo está dando certo até o momento, tanto que conseguiu passar em todas as disciplinas.
 
O caso de Mariana Gama foi diferente. A mestranda de 30 anos já tinha o objetivo de engravidar quando soube que esperava o primeiro filho. Formada em Física, ela cursa pós-graduação na área de Ciências e Tecnologias Nucleares na UFRJ. O principal motivo para continuar nos estudos foi a renda advinda da bolsa que recebe do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). No entanto, segundo ela, a experiência está sendo tão tranquila que pretende fazer um doutorado, quando terminar o curso atual.
 
Para que a espera do pequeno Athos não fosse conturbada, Mariana contou com o apoio e a compreensão dos familiares e dos professores. Doutorando, seu marido foi muito compreensível e lhe está ajudando muito. Apesar do cansaço e dos enjoos, ela se sentiu ainda mais motivada para estudar ao saber que esperava um bebê. O problema mais expressivo que enfrentou foi um deslocamento de placenta, mas pode retornar às aulas após duas semanas. Em relação aos estudos, a sua única preocupação é com o período em que precisará escrever a dissertação, o que coincidirá com os primeiros cuidados maternos.
 
Legislação dá suporte às mães estudantes
As gestantes não precisam frequentar as aulas durante os três meses seguintes ao oitavo mês de gravidez. Isso porque a Lei 6.202 permite que as futuras mães realizem as atividades escolares ou universitárias em casa. Para tanto, é necessário apresentar um atestado médico à direção da instituição de ensino. Em casos excepcionais, as grávidas podem solicitar um acréscimo no prazo, desde que apresentem um atestado médico que justifique isso. 
 
Já as futuras mães que recebem bolsas de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do CNPQ tem direito à licença-maternidade. Durante o afastamento, de até quatro meses, as cientistas continuam a receber a ajuda de custo.
 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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