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Bigorexia: quando a busca pelo corpo perfeito pode se tornar um problema?

Transtorno dismórfico muscular afeta cada vez mais jovens, que nunca se veem fortes o suficiente e colocam a saúde em risco na busca por músculos

15 set 2025 - 15h25
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A pressão por músculos definidos e corpos cada vez mais fortes tem levado muitos jovens a ultrapassarem limites de saúde. O transtorno dismórfico muscular, popularmente chamado de bigorexia ou vigorexia, caracteriza-se pela preocupação obsessiva com a aparência e pela sensação constante de insuficiência física. Especialistas alertam que o problema está diretamente ligado a padrões estéticos irreais, amplificados pelas redes sociais, e pode trazer sérias consequências para a saúde mental e física.

A bigorexia, ou vigorexia, é um transtorno de imagem marcado pela obsessão em parecer mais musculoso; entenda causas, sintomas e tratamento
A bigorexia, ou vigorexia, é um transtorno de imagem marcado pela obsessão em parecer mais musculoso; entenda causas, sintomas e tratamento
Foto: Reprodução: Doğu Tuncer/Pexels / Bons Fluidos

O que é a bigorexia?

Trata-se de um transtorno de imagem em que a pessoa, mesmo apresentando músculos desenvolvidos, nunca se enxerga suficientemente forte. A busca constante por soluções extremas pode ser um sinal de uma relação disfuncional com o próprio corpo. 

O desenvolvimento da bigorexia é multifatorial. Entre os gatilhos estão: pressão social e cultural por corpos fortes e definidos; baixa autoestima e perfeccionismo; tendências obsessivo-compulsivas; histórico familiar de transtornos ligados à imagem; traumas e episódios de bullying; e influência das redes sociais e da cultura fitness.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, reflexo da busca incessante por uma imagem considerada "ideal". A exposição constante a corpos padronizados, somada à comparação com influenciadores digitais, estimula a insatisfação e alimenta comportamentos de risco.

Sinais de alerta

Os sintomas mais comuns da bigorexia incluem:

  • Treinos exaustivos e insistentes, mesmo diante de dor ou lesões;
  • Dietas restritivas voltadas exclusivamente para hipertrofia;
  • Uso indiscriminado de suplementos e, em alguns casos, anabolizantes;
  • Insatisfação crônica com a aparência;
  • Isolamento social e ansiedade diante da exposição do corpo.

Esses padrões podem levar a complicações sérias, como sobrecarga renal, problemas hepáticos, desequilíbrios nutricionais, depressão e transtornos de ansiedade.

Tratamento e prevenção

O diagnóstico deve ser feito por psiquiatras e psicólogos, com base em critérios clínicos. O tratamento geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental, que auxilia na reestruturação de pensamentos distorcidos sobre o corpo. Em casos graves, pode ser necessária a intervenção médica para tratar complicações físicas decorrentes do uso de substâncias.

O apoio familiar e o diálogo aberto são fundamentais. Criar um ambiente seguro, promover uma imagem corporal positiva e incentivar hábitos equilibrados, como alimentação saudável, descanso e exercícios sem exagero, são medidas que ajudam tanto na prevenção quanto na recuperação.

Em resumo, a bigorexia é mais do que um excesso de vaidade: é um transtorno de saúde mental que necessita de cuidados sérios. Reconhecer os sinais, buscar ajuda profissional e promover o equilíbrio são passos fundamentais para que jovens e adultos possam conquistar algo ainda mais importante do que músculos: o bem-estar físico e psicológico.

Bons Fluidos
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