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Amor de Norma pelo marido é uma farsa em 'Caminho das Índias'

20 mai 2009 - 16h05
(atualizado às 16h15)
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Thaís Camargo

Norminha, Dira Paes, Caminho das Índias, 212x300
Norminha, Dira Paes, Caminho das Índias, 212x300
Foto: TV Globo/Roberto França / Divulgação



A Norminha, personagem interpretada por Dira Paes na novela da Rede Globo

Caminho das Índias

, é do tipo que arranca cantadas ousadas por onde passa. Não é difícil entender que uma mulher sensual vestida com roupas justas desperte tantos suspiros masculinos ao seu redor. Ela, no entanto, tem sua parcela de culpa nisso. Sempre que tem a oportunidade, insinua-se para os vizinhos com seu rebolado e olhares maliciosos. Tal comportamento denuncia uma falta de amor pelo marido Abel, vivido pelo ator Anderson Muller. "Quem ama de verdade não pensa numa terceira pessoa", afirma a psicóloga Marina Vasconcellos.



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E a personagem jura ser apaixonada pelo companheiro e ainda diz que não o trocaria por homem nenhum. Mas, as suas investidas em novos affairs são freqüentes e quase incontroláveis. "A Norminha tem a ilusão de enganar o marido e também os outros", diz a psicóloga Margareth dos Reis. E as atitudes da suburbana da história de Glória Perez visam a atender seus impulsos sexuais, ou seja, o foco é satisfazer a vontade em detrimento do respeito a Abel. "Ela expõe o parceiro ao ridículo ao colocar na prática uma fantasia pautada na atração sexual por outro homem", fala a especialista. "Isso não é amor, pois esse sentimento inclui o cuidado pelo outro", enfatiza.



Até o momento, Abel não dá indícios de que vai abrir os olhos e virar o jogo. Companheiro subserviente, o policial é cego de amor por Norminha. "Ele é um homem carente que precisa da atenção da mulher", afirma Margareth. "E quando Norma o agrada, ele não consegue prestar atenção no comportamento contraditório dela", completa. Daí, conclui-se que o casal tem um casamento falso pautado numa imagem que não corresponde à realidade. "Na verdade, é um casal de inseguros. Ela é insegura pela aparência e necessita de olhares constantes; ele precisa de atenção a toda hora", diz Marina.



Margareth explica que a autora explora de maneira caricata o tipo de relacionamento que marca o início desse século XXI. "A Norminha e o Abel mostram a fragilidade das relações atuais. As pessoas têm um compromisso a dois, mas querem levar uma vida de solteiro", fala. "Isso se deve à procura pelo prazer imediato e pela satisfação pessoal", explica.



É comum deparar-se com homens e mulheres que mantêm um namoro ou mesmo casamento, mas o enxergam como uma situação passageira. E qualquer contratempo na vida a dois pode desencadear um processo de separação. "Quando surge a frustração, a pessoa vira as costas para o relacionamento. Não é à toa que a frase 'A fila anda' tornou-se uma máxima nos dias de hoje", diz Margareth.



Apesar de o individualismo ser cada vez mais marcante na personalidade das pessoas, há quem busque um amor consistente. E compartilhar a vida com alguém pressupõe fazer concessões e esforçar-se para rever a relação de tempos em tempos. "A necessidade das pessoas mudam, por isso, é importante que o casal reveja sempre a relação e restabeleça novos acordos. Só assim é possível a construção e manutenção do amor", finaliza Margareth.

Fonte: Redação Terra
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