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Caso Felipe Titto: o que fazer ao levar mordida de cachorro?

Ator de "A Dona do Pedaço" levou 15 pontos para fechar o machucado e está caminhando com apoio de muletas; veja como proceder nesses casos

30 out 2019 - 17h57
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Recentemente, Felipe Titto compartilhou uma situação inusitada com seus seguidores no Instagram: no último domingo (27), o ator divulgou um vídeo em que aparece sendo mordido pelo próprio cachorro, ao pular na piscina de sua casa.

Felipe Titto é mordido por próprio cachorro e contrai infecção - Foto: Reprodução/Instagram
Felipe Titto é mordido por próprio cachorro e contrai infecção - Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Foto: Reprodução/Instagram / Minha Vida

Pela rede social, o artista contou que acredita que seu animal, Thor, teve a intenção de protegê-lo de cair na água ou de se afogar. "Grudou no meu tornozelo e acabou rasgando", explicou.

O ferimento profundo, localizado na região próxima ao tornozelo da perna esquerda, precisou de 15 pontos para ser fechado. Entretanto, mesmo com todos os cuidados dos médicos, o machucado acabou resultando em uma infecção localizada.

Após o episódio, Titto precisou adiar sua viagem ao Rio de Janeiro, onde está gravando as cenas da novela "A Dona do Pedaço", na qual interpreta o personagem Abdias. O ator segue em repouso para que o tratamento tenha efeito.

Em situações como essa vivida pelo artista, é importante tomar algumas atitudes fundamentais que podem fazer toda a diferença na recuperação total do paciente. Portanto, veja o que é preciso fazer quando você ou alguém próximo for mordido por um cachorro.

O que fazer ao levar uma mordida de cachorro?

Limpe o local ferido

Em primeiro lugar, lave a região mordida com água e sabão neutro o mais rápido possível. Caso o sangue não parar de escorrer, faça pressão com uma toalha no local para tentar estancar o sangramento e se dirija o quanto antes para a emergência de um pronto-socorro.

Vá imediatamente ao pronto-socorro

Atenção: Ao ser atacado por qualquer animal, dirija-se imediatamente ao pronto-socorro mais próximo para evitar a disseminação de doenças no organismo. Enfermidades como a raiva podem levar à morte.

Qualquer mordida ou arranhão de animais pode provocar uma infecção bacteriana. As feridas perfurantes podem ser mais nocivas à saúde, pois são capazes de transmitir bactérias dos animais a camadas profundas da pele.

Vacina antirrábica

Ao chegar ao pronto-socorro, Felipe Titto foi medicado com duas vacinas para evitar doenças graves relacionadas à mordida animal: a vacina antirrábica e a vacina antitetânica.

A vacina antirrábica é destinada à prevenção e controle da raiva. A doença costuma apresentar sintomas somente quando já está em estado avançado (ou seja, até três meses após a infecção, que geralmente ocorre a partir de mordidas de animais).

Em 2017, uma moradora de Recife (PE) que trabalhava em um pet shop faleceu após contrair raiva. O animal também chegou a óbito, poucas horas depois do ataque.

Em casos graves, junto à vacinação é fornecido soro antirrábico com anticorpos específicos (imunoglobulinas antirrábicas) para neutralização do vírus da raiva.

Vacina antitetânica

A vacina antitetânica é a imunização usada para prevenir e controlar o tétano. É conhecida também como toxoide tetânico e geralmente tomada durante a infância e adolescência. A cada 10 anos, há a recomendação de doses adicionais para evitar a contaminação pela doença.

É indicada a partir dos 7 anos para quem não recebeu doses da vacina tríplice bacteriana ou da vacina dupla infantil.

Tratamentos

Devido à mordida de cachorro, o ator está em tratamento com antibióticos e caminha com auxílio de muletas e bengala. "Minha perna começou a ficar inchada. Mas, enfim, fui ao hospital e estou com uma leve infecção", desabafou na web.

Os antibióticos são receitados de acordo com o caso de cada paciente. Costumam ser prescritos nas seguintes situações em relação a mordidas de animais:

  • Mordidas nas mãos
  • Mordidas no rosto
  • Mordidas em áreas genitais
  • Ferimentos profundos
  • Machucados penetrantes
  • Comprometimento dos vasos sanguíneos
  • Pacientes com doenças autoimunes e/ou crônicas

Complicações possíveis

Infecções

Ao sofrer uma mordida, se o local não for tratado, é possível contrair diversas infecções, de leves a graves (resultando em óbito), como:

  • Artrite (infecção das articulações)
  • Osteomielite (infecção dos ossos)
  • Tenossinovite (infecção dos tendões)
  • Sepse (infecção generalizada pela corrente sanguínea)

Raiva

A raiva é uma doença transmitida, geralmente, pela saliva de animais (como cachorro, gato ou morcego) e que afeta o sistema nervoso central humano, resultando na inflamação do cérebro. A taxa de mortalidade da raiva é bastante alta se não tratada.

Tétano

Assim como a raiva, o tétano é uma doença que pode ser transmitida por mordida de animais e causar a morte em poucos dias. Causado pela bactéria Clostridium tetani, afeta o sistema nervoso central e leva à paralisia e contrações musculares involuntárias e intensas.

Como proteger seu pet

Quem tem animais domésticos deve protegê-los contra o vírus da raiva. Por isso, vacine seu pet conforme o calendário de imunização veterinário. É importante que tanto você como seus animais de estimação estejam em dia com as vacinas.

Como evitar mordidas de cachorro

Veja dicas para se proteger e evitar mordidas de cachorro, de acordo com o cirurgião plástico Ruben Ribeiro Penteado.

  • Se um cão parece em posição de ataque: evite contato direto com os olhos, fique parado ou recue lentamente.
  • Observe se seu cão se adaptou bem à sua casa e à sua família (na dúvida, consulte um veterinário).
  • Exponha, aos poucos, seu animal de estimação a outras pessoas e animais para que ele se sinta à vontade nessas situações (mesmo quando estiver com idade avançada).
  • Treine seu cão para obedecer a comandos e estabelecer uma relação de confiança com você.
  • Evite brincadeiras agressivas com seu cachorro ou que o deixem estressado.
  • Castre seu cão (cães castrados tendem a ser menos agressivos).
  • Ensine as demais pessoas a sempre pedir permissão a você (dono) antes de acariciar o cão.
  • Deixe o cão te cheirar antes de você tocá-lo.
  • Evite tocar na face e na cauda do cão.
  • Nunca corra na frente de um cão, ainda mais se ele já tiver um comportamento mais agressivo e/ou protetor.
  • Não incomode o cão caso ele estiver dormindo, comendo ou cuidando de outros cães (como cadelas com seus filhotes).
  • Se um cão te derrubar, enrole-se como uma bola e proteja o rosto com seus braços.

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