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Saiba como montar uma adega em casa

15 jul 2009 - 13h00
(atualizado em 15/7/2009 às 14h47)
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Rosana Ferreira

adega projetada, interna
adega projetada, interna
Foto: Divulgação

Ter uma adega em casa é o sonho de muita gente, já que atualmente o vinho tem aumentado sua legião de apreciadores no Brasil. Desde a abertura do mercado brasileiro às vinícolas estrangeiras, intensificada a partir de 2002, o consumo per capita dobrou no país, o que significa hoje que o brasileiro toma dois litros de vinho por ano. Tanto que o Brasil já figura como o quinto maior consumidor mundial de vinhos e o segundo na América Latina, atrás apenas da Argentina, segundo uma pesquisa do instituto Euromonitor International.

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Além disso, o vinho ganha status social e agora é servido não apenas em datas especiais como há alguns anos. Ele está na mesa do brasileiro, seja no jantar trivial, seja no encontro com amigos, num evento ou numa confraria, já que é conhecido como uma bebida social - para ser tomada na companhia de pessoas.

Motivos não faltam para apreciar o vinho, mas é preciso cuidado na hora de escolher e armazenar a bebida. Para isso, o ideal é ter uma adega. Se a ideia é montar uma em casa, a primeira providência é escolher o lugar. Segundo o arquiteto Antonio Ferreira Junior, de São Paulo, ela não pode ficar ao lado de uma cozinha ou de uma varanda, pois é totalmente proibida a incidência de sol e calor. "Tirando esses dois ambientes, ela pode ficar em qualquer local da casa, sem a necessidade de ser um lugar fechado", afirma.

Segundo o profissional, uma adega pode ficar até mesmo em um corredor. "Pode estar no living e fazer as vezes de um aquário, fechada apenas por um vidro", sugere. Nesse caso, Junior aconselha a instalação interna de um climatizador para manter a temperatura correta da bebida e assim conservá-la. O tamanho mínimo para se construir uma adega é de 1,50 m x 1,50m. "Mas, normalmente, fazemos de 2m de largura por 1,40m de profundidade", conta o arquiteto.

Uma dica de Antonio Ferreira Junior é usar elementos próprios do tema para decorar a adega. Em um projeto recente, ele e seu sócio, Mario Celso Bernardes, aproveitaram o hobby do proprietário da casa, um admirador de vinhos, que colecionava rolhas. Assim, na adega de 3m², para 1000 garrafas, foram coladas as rolhas na parede uma a uma. "Mas você pode usar as próprias caixas das garrafas e utilizá-las como prateleiras. Ou até mesmo as tampas das caixas dos vinhos para revestir as paredes", sugere Junior. Outra ideia é utilizar os rótulos das bebidas para emoldurar quadros ou ainda para revestir uma das paredes.

Iniciantes
Para um enófilo novato, a dica é começar devagar. "Uma adega com 12 garrafas é o suficiente, considerando que os vinhos são para girar e não para guarda superior a um ano", diz o contador Marcelo de Jesus Rosa, sommelier pelo Senac e membro da confraria ASAA (Associação de Sommeliers Alunos e Ex-alunos), de São Paulo. A origem dos vinhos vai seguir o bolso do enófilo. "O melhor custo benefício seria optar por 50% de vinhos da América Latina (Argentina, Chile, Uruguai e Brasil), 30% europeus (Espanha, Portugal, França e Itália) e 20% entre Austrália, EUA e África do Sul ou algo diferente do usual, como os vinhos da Grécia, Líbano ou Alemanha, cujos bons exemplares são mais caros", indica Rosa.

Outra forma de montar a adega é em relação à guarda do vinho. Rosa sugere 50% de vinhos de giro rápido (dia-a-dia) para tomar em menos de um ano; 30% para vinhos de guarda média, entre um e dois anos ou para ocasiões especiais; 20% para vinhos de guarda superior a dois anos, em que se espera o amadurecimento; e 10% para os ícones - de guarda ou de coleção, geralmente ligados a um desejo ou de valor afetivo. Em sua adega de 60 garrafas, Rosa diz que tem 12 vinhos de guarda acima de um ano, dois vinhos especiais de guarda longa, quatro a seis garrafas para ocasiões especiais e o restante é de giro rápido, em torno de três meses.

Para 30 garrafas
Para uma adega de 30 garrafas, o enófilo e consultor enogastronômico Renato Frascino, de São Paulo, aconselha nunca comprar em volumes grandes de caixas de vinhos, pois é melhor ter espaço na adega para variar uvas, vinícolas e safras. "Tenha sempre duas ou três garrafas de seu vinho predileto", diz. E, como o espumante já vem pronto, sem necessidade de guarda, o consultor sugere comprar apenas quando for consumir. O especialista sugere alguns tipos de vinhos essenciais para uma adega dessa capacidade:

- Sauvignon Blanc do Chile ou Nova Zelândia;
- Pinot noir francês da Borgonha;
- Uma ou duas garrafas de malbec da Argentina;
- Cabernet sauvignon chileno da região de Colchagua;
- Riesling da Austrália;
- Syrah da Austrália;
- Tempranillo espanhol da região da Ribera del Duero;
- Nero d¿Avola da Sicília, Itália;
- Supertoscano sangiovese da Toscana, Itália;
- 1 garrafa de vinho do Porto 10 anos;
- 1 garrafa de jerez (um tipo de vinho fortificado tomado como aperitivo) da região de Andaluzia, Espanha.

Para 200 garrafas
Confira as dicas de Renato Frascino, para uma adega desse porte:

- 60% de vinhos do Novo Mundo, que inclui países como Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil e Estados Unidos. Desse total, 60% de tintos e 40% de brancos.

- 40% de vinhos do Velho Mundo, ou seja, Itália, França, Portugal, Espanha, Áustria, Alemanha e Hungria. Desse total, 60% de tintos e 40% de brancos.

Fonte: Especial para Terra
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