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Designer ganha prêmio com móvel feito de produto descartado

31 dez 2012 - 12h00
(atualizado às 12h00)
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Em 2010, Mariana Piccoli estava às voltas com seu trabalho de conclusão do curso de desenho industrial da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ela queria trabalhar a reutilização de produtos descartados, mas não sabia exatamente como. Depois de muita pesquisa, encontrou nas indústrias de roupa da região a inspiração que buscava. 

A designer Mariana Piccoli buscou na indústria de roupas a inspiração para criar a Mobina, módulos multifuncionais feitos com bobinas de papelão que lhe renderam o Prêmio Greenbest Brasil 2012, na categoria mobiliário
A designer Mariana Piccoli buscou na indústria de roupas a inspiração para criar a Mobina, módulos multifuncionais feitos com bobinas de papelão que lhe renderam o Prêmio Greenbest Brasil 2012, na categoria mobiliário
Foto: Divulgação: Pimenta Bis

Os tecidos utilizados nas malharias vêm enrolados em bobinas, que são descartadas quando não servem mais para transportar os panos. Mariana, então, reaproveitou esse material para criar um módulo multifuncional sustentável, que pode servir de banco, caixa, estante ou mesa. A designer uniu várias bobinas por meio de duas placas de MDF e criou uma espécie de caixa multiuso.

Mais do que lhe garantir um diploma, a ideia também lhe rendeu um importante prêmio. O júri popular lhe deu o primeiro lugar no Prêmio Greenbest Brasil 2012 na categoria mobiliário. 

A jovem designer conta que pesquisou em muitas indústrias da região antes de chegar às bobinas. “Escolhi os tubos porque eles têm características boas de resistência e são fáceis de manipular, podendo ser serrados, pintados ou lixados”, afirma Mariana. E para criar a Mobina – nome que nasceu da junção dos termos “módulo”, “móvel” e “bobina” –, a designer efetivamente cortou e lixou a matéria-prima. Além disso, pintou os tubos com tinta esmalte, para aumentar a durabilidade do produto. Quanto à resistência, Mariana crava: a Mobina aguenta até 130 quilos. 

Depois das bobinas, a designer volta agora sua atenção para o papel: “É um material com muitas propriedades, mas é preciso acabar com o preconceito de que ele não é resistente”. Mariana tem estudado a questão da absorção de água pelo papel e já tem um novo projeto a caminho: criar um parquinho de criança totalmente feito com papelão. 

A designer, no entanto, considera que o Brasil ainda está muito atrás de outros países quando se trata de produtos feitos com materiais descartados. “No exterior, eles são mais aceitos; aqui as pessoas ainda ficam meio assim em levar”. Mas Mariana é otimista em relação ao futuro, e afirma perceber que estão surgindo cada vez mais iniciativas brasileiras nesta área. Ela mesma abriu uma empresa – a  Pimenta Bis – para vender a Mobina e o que mais vier por aí. “Eu nem esperava ser finalista do prêmio, quanto mais ganhar no júri popular. Isto mostra que há mercado para este tipo de produto”, conclui a designer gaúcha.

Fonte: Terra
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