Deu cobra python nos sapatos, bolsas e roupas para o verão
15 mai2011 - 16h48
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Rosângela Espinossi
Direto de Belo Horizonte
Deu cobra, literalmente. E, principalmente, cobra python nos lançamentos de acessórios no salão de negócios da 8ª. edição do Minas Trend Preview. Em tempo de discussão sobre o uso de pele e couro de animais na moda, grande parte dos expositores de calçados e bolsas apostou no material original para criar objetos dos mais variados modelos, tamanhos e cores. Há também couro de vaca prensado com textura de cobras tradicionais - não necessariamente python -, e couro ecológico.
As peles do animal são importadas de países da Ásia, como Indonésia, e certificadas - como garantem os fabricantes - pelo Ibama, uma vez que é proibido abater cobra brasileira para este fim. "Algumas de minhas bolsas são de cobras que os nativos da Indonésia matam de acordo com a cultura local. Têm mais de 50 anos e o couro chega a medir 50 cm de largura por 10 metros de comprimento", disse Juliana Armelin, proprietária da marca que leva seu sobrenome.
André Alexandre, estilista da marca Lis Simon, lembra que a python é um clássico. "A mulher compra uma peça hoje para usar por vários anos 5, 10 ou mais". Os acessórios expostos no salão vão agradar a mulheres de todos os gostos e estilos. Há python de cores clássicas e básicas, como bege, branco e preto. Há as supercoloridas - tendência que se mantém firme e forte, inclusive em outras texturas e materiais - e as com desenhos estampados sobre a pele do animal, como fez a Cavage. O tratamento em tie dye tanto em tons fortes e contrastantes quanto em pastel ou neutros mostram a versatilidade do material. Os couros de vaca prensados com a textura de cobra também ganham cores e estampas, algumas com nada a ver com cobra, como flores.
Nos pés, sandálias, escarpins, tiras e os tipo Oxford. Nas mãos, clutch, carteiras maiores, bolsas médias ou enormes. "Minhas clientes pedem modelos grandes", afirmou Cris Pineroli, da marca que tem sua assinatura.
Além dos acessórios, a python promete também ser muito vista nas roupas. Patrícia Motta mostrou em seu desfile tops, jaquetas, hot pants feitos com a cobra. Uma tendência que promete pegar, desde que sua consciência permita e seu bolso ajude. Uma bolsa pode custar caro, chegando à casa do R$ 5 mil.
Botinha com tiras em tonalidade roxa da Invitto, com pele de python