A ciência demonstrou que a força de vontade não é suficiente para abandonar um mau hábito: é preciso fazer com que o seu cérebro o odeie
Neurociência mostra que entender os gatilhos e recompensas por trás de nossas ações é o primeiro passo para transformá-las
Os hábitos têm um papel fundamental na rotina. Segundo o livro 'Inteligência Emocional: Bons Hábitos', da Harvard Business Review, cerca de metade das nossas ações diárias são guiadas por comportamentos automáticos que repetimos sem perceber.
O mesmo mecanismo que ajuda a consolidar bons hábitos, porém, também explica por que abandonar um hábito ruim pode parecer quase impossível. Não se trata apenas de força de vontade, mas de compreender como o cérebro funciona e de que forma esses padrões se fixam nele.
Por que adotamos maus hábitos?
Todos sabemos que levar uma vida sedentária faz mal, que passar horas deslizando vídeos no TikTok até de madrugada compromete o dia seguinte e que fumar é extremamente prejudicial à saúde. Ainda assim, como explica à Harvard Business Review o neurocientista Judson Brewer, autor do livro 'Unwinding Anxiety', não conseguimos evitar cair em alguns desses comportamentos — e nos livrar deles pode ser um grande desafio.
De acordo com Brewer, o ambiente em que vivemos é projetado para nos bombardear com estímulos que reforçam hábitos — sobretudo os negativos. As recompensas que o cérebro recebe ao executar determinados comportamentos acabam alterando nosso sistema de aprendizagem baseado em recompensa, criando padrões difíceis de romper.
"Cada vez que tentamos nos desconectar de uma tarefa cansativa por meio das redes sociais, reforçamos essa sensação de recompensa, a ponto de que distrações prejudiciais podem se transformar em hábito", explica.
...
Veja também
Ansiedade: o que é, como controlar uma crise e 25 sintomas
Estresse: quais os sintomas físicos e emocionais?
Colocar os talheres dessa maneira faz todo o sentido: é outra forma de comunicação sem palavras
Se você se reconhece nessas frases, você é mais inteligente do que pensa, segundo a psicologia