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Presidente da COP-30 minimiza tentativa de invasão: 'Acontece num país democrático'

Grupo de indígenas foi contido em tentativa de entrar em área onde é realizada a conferência climática; ONU diz que dois seguranças ficaram feridos e que investiga o episódio

12 nov 2025 - 19h14
(atualizado às 19h46)
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ENVIADA ESPECIAL A BELÉM - O presidente da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30),o embaixador André Corrêa do Lago, minimizou nesta quarta-feira, 12, a tentativa de invasão à área onde acontece o evento, ocorrida na noite anterior.

Um grupo de indígenas e integrantes do Coletivo Juntos, ligados ao PSOL, tentou acessar a área restrita a credenciados e foram contidos pela segurança.

Os manifestantes conseguiram ultrapassar o sistema de raio X, mas foram parados por um bloqueio antes de acessarem o local. Portas da entrada foram quebradas.

"O incidente de ontem (terça) é uma coisa que acontece num país democrático como o Brasil", afirmou Lago. As últimas edições da COP foram realizadas em países com restrições a protestos: Azerbaijão (2024), Emirados Árabes Unidos (2023) e Egito (2022).

Presidente da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30),André Corrêa do Lago minimiza confusão
Presidente da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30),André Corrêa do Lago minimiza confusão
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A ONU, responsável pela segurança no espaço, afirmou que dois seguranças ficaram feridos e que investiga o episódio. Informou também garantir a segurança do espaço. Na manhã desta quarta, a percepção era de que o número de seguranças na zona azul havia sido incrementado, além da substituição das portas quebradas.

Os manifestantes participavam de uma marcha, mas, em vez de seguir o trajeto, se separaram do grupo principal e foram para o Parque da Cidade tentar entrar na zona azul.

Segurança foi reforçada na COP-30 nesta quarta-feira após a invasão de grupo indígena.
Segurança foi reforçada na COP-30 nesta quarta-feira após a invasão de grupo indígena.
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

Em nota, a organização da "Marcha pela Saúde e Clima" afirmou que "os atos que ocorreram após a marcha não fazem parte da organização do evento e que respeita as instituições organizadoras da COP-30? e "o compromisso com uma Amazônia viva, saudável e sustentável para todos."

"Houve certo excesso, mas acredito que é uma coisa que entra em um contexto muito mais amplo. A gente não pode deixar de lembrar, como disseram muito bem a ministra Marina (Silva, do Meio Ambiente) e a ministra Soninha (Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas), que essa já é a COP mais inclusiva", afirma Lago.

Segundo o presidente da COP, o evento tem propiciado "pleno espaço para (quem quiser) manifestar todas as suas reticências, discordâncias, dificuldades. "Nós achamos que quanto mais tiver um bom debate, tranquilo, vai ser muito bom", disse Lago.

Como aconteceu a confusão na COP

Vídeos obtidos pela reportagem mostram os manifestantes gritando palavras de ordem em defesa da taxação de grandes fortunas, enquanto seguranças tentam retirá-los da zona azul. Alguns manifestantes subiram em mesas com faixas de protesto. Outros empunhavam bandeiras, bastões, megafones, arcos e flechas.

Em sua contas nas redes sociais, o Coletivo Juntos escreveu: "Ocupamos a COP-30 porque quem luta contra a crise climática é o povo e não os bilionários".

Os indígenas protestavam com uma bandeira "Palestina livre" e contra a exploração de petróleo na Margem Equatorial da foz do Rio Amazonas.

Estadão
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