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Liderança indígena é assassinada no MS durante COP30

Comunidade Pyelito Kue foi atacada por 20 pistoleiros

18 nov 2025 - 11h23
(atualizado às 12h13)
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A Survival International denunciou nesta terça-feira (18) o assassinato de uma liderança indígena no final de semana em Mato Grosso do Sul, enquanto ocorre a COP30, evento das Nações Unidas para o clima, que prossegue em Belém, no Pará, até sexta (21).

População indígena no Brasil luta por acesso a seu território ancestral
População indígena no Brasil luta por acesso a seu território ancestral
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Enquanto se debatem as terras indígenas na COP30, em 16 de novembro, agressores atacaram uma comunidade indígena em Mato Grosso do Sul, abrindo fogo e matando um líder Guarani Kaiowá, ferindo ainda outras quatro pessoas", disse a ONG em nota, explicando que o crime contou com "20 agressores" que "dispararam contra a comunidade guarani de Pyelito Kue, a qual havia recentemente reocupado parte de suas terras ancestrais".

De acordo com a Survival International, Vicente Fernandes Vilhalva, de 36 anos, foi baleado na cabeça e morto.

"Os criminosos também queimaram as casas e os pertences da comunidade", acrescentou a organização.

Falando de forma anônima, um dos líderes de Pyelito Kue contou à Repórter Brasil: "Estávamos cercados. Os pistoleiros não vieram conversar, simplesmente começaram a atirar. Não temos armas, não temos como nos defender. Recuamos e fomos para a aldeia, mas eles continuaram atirando. Queimaram tudo na área que estamos recuperando: nossas cabanas, panelas, cadeiras." O ataque é o quarto contra a comunidade de Pyelito Kue nas últimas duas semanas. Segundo a Survival, trata-se de "uma agressão que o grupo armado conduz há décadas contra os Guarani Kaiowá".

"Nós, o povo Guarani Kaiowá, condenamos os ataques ocorridos em Tekoha Pyelito Kue, que resultaram na morte de um líder. Nossa luta é pela vida, pela terra e por 'Tekoha Guasu' (todo o nosso território ancestral). Não aceitamos mais ser tratados como invasores em nossa própria terra", declarou a organização Guarani Kaiowá Aty Guasu em comunicado. 

Ansa - Brasil
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