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Geleiras alpinas podem perder metade do volume até 2050

Pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Lausanne

23 jan 2024 - 10h46
(atualizado às 11h46)
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Se o aquecimento global mantiver um ritmo similar ao observado nos últimos 20 anos, as geleiras dos Alpes estão destinadas a perder 46% de seu volume até 2050, índice que pode chegar a 65% quando se considera apenas o cenário dos últimos 10 anos.

A previsão está em um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters e realizado por pesquisadores da Universidade de Lausanne, na Suíça, com base em simulações feitas com a ajuda de inteligência artificial.

Diferentemente da maioria das pesquisas, que produzem estimativas até o fim do século, os cientistas liderados por Samuel Cook se concentraram em um período menor, de modo a entender melhor os impactos do aquecimento global no curto prazo.

De acordo com os resultados obtidos, mesmo sem novos aumentos nas temperaturas médias os Alpes perderão um terço de suas geleiras até 2050. E esse cenário está longe da realidade, dado que o aquecimento ainda está se acelerando.

"Os dados utilizados para construir os cenários vão até 2022, que foi seguido por um ano excepcionalmente quente, então é provável que a situação seja bem pior", explicou Cook.

As previsões estão em linha com aquelas publicadas no verão boreal do ano passado pelo Greenpeace e pelo Comité Glaciológico Italiano, após uma expedição na geleira Forni. Segundo os pesquisadores, até 80% dos glaciares dos Alpes na Itália podem desaparecer até 2060.

Ansa - Brasil   
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