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Documentário aponta relação entre tubarões e cocaína na Flórida

Região é utilizada por traficantes, que acabam despejando a droga no mar

13 set 2023 - 19h22
(atualizado às 19h24)
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A hipótese é que esses tubarões estejam mordendo os fardos de cocaína, e abrindo essa droga na água
A hipótese é que esses tubarões estejam mordendo os fardos de cocaína, e abrindo essa droga na água
Foto: Alexis Rosenfeld/Getty Images

Um documentário chamado Cocaine Sharks, lançado pelo Discovery Channel em julho deste ano, expõe uma investigação que vem sendo realizada por pesquisadores marinhos da costa da Flórida, Estados Unidos, sobre a possibilidade de tubarões estarem ingerindo cocaína.

Segundo o biólogo marinho Tom Hird, embora houvesse muitas histórias de moradores da Flórida, no Key West, sobre tubarões mordendo fardos de cocaína, ninguém nunca tinha decidido testar a teoria, até que ele e sua equipe resolveram investigar.

“Os tubarões são animais inteligentes e investigam novos objetos em seu ambiente, então por que não deveriam morder esses fardos, né? Sabemos que há muitos fardos de cocaína circulando por aí, era apenas uma questão de tempo”, pontua Tom.

De acordo com ele, a área entre Key West e a América Central e Sul é ideal para os traficantes de drogas. Nessa região, o clima é excelente e o mar é raso, ou seja, uma ótima maneira de levar as drogas até a costa dos Estados Unidos. 

Quando esses traficantes são avistados, porém, a primeira coisa que fazem é despejar as mercadorias na água.

A hipótese é que esses tubarões estejam mordendo os fardos de cocaína, e abrindo essa droga na água. Dessa forma, a droga acabaria entrando pela corrente sanguínea, gengivas e principalmente pelas guelras.

“É possível que eles fiquem sonolentos, felizes, deprimidos ou hiperativos. Simplesmente não temos evidências científicas para afirmar exatamente o que pode acontecer se um tubarão ingerir um pouco de cocaína pelo nariz. Uma coisa que podemos dizer, no entanto, é que o efeito imediato provavelmente seria sedativo, pois a cocaína entorpeceria as brânquias do tubarão e, como resultado, os deixaria mais lentos por um tempo”, comenta o biólogo.

Hird afirma que ainda não se sabe quais espécies de tubarões podem estar ingerindo a droga, pois precisam estudar todos os tubarões do Golfo do México durante um tempo, a fim de garantir que tenham uma boa base para avaliar esses animais. Ainda assim, ele diz que durante a estadia no local, notou comportamentos diferentes com grandes tubarões-martelo e tubarões-de-areia.

Fonte: Redação Terra
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