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COP30 tem reforço de segurança, filas e indígenas barrados após invasão de área restrita

Blue Zone foi invadida por protestos na noite de terça-feira, 11, gerando tumulto no evento

12 nov 2025 - 17h16
(atualizado às 18h13)
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Grupo indígena é barrado na entrada da COP30 por 'protocolo de segurança' um dia após invasão:

O terceiro dia da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30) ganhou o reforço de agentes da Força Nacional e Polícia Federal após a invasão de manifestantes.  Na noite de terça-feira, 11, diversos grupos de movimentos sociais ultrapassaram a segurança da Zona Azul, área restrita para autoridades, imprensa e profissionais credenciados. A confusão durou cerca de duas horas até ser controlada. 

Mas, nesta quarta-feira, 12, do lado de fora evento, foi possível perceber a presença massiva de seguranças. Placas de "VIP" também foram acrescentadas na entrada do credenciamento da conferência e as portas que foram quebradas durante os protestos já haviam sido substituídas. 

A Zona Azul é uma área restrita para pessoas com credenciamento, enquanto a Zona Verde é aberta para o público em geral. Para chegar até o local, é preciso caminhar cerca de 10 minutos pelas ruas que estão fechadas e monitoradas pela polícia desde a Cúpula dos Líderes. 

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Para entrar na Zona Azul, é necessário passar por um procedimento de segurança, similar ao que ocorre nos aeroportos, e, em seguida, mostrar a credencial para que o código de barras possa ser lido e a entrada liberada. O reforço no esquema de triagem gerou uma grande fila nesta manhã, que exigiu um pouco mais de paciência dos credenciados. 

A Zona Verde também teve um alto fluxo de participantes, que relatam uma espera de mais de uma hora. Muitos trouxeram sombrinhas e leques para enfrentar o sol forte de Belém. E para amenizar um pouco mais a longa espera, a organização da COP distribuiu água gelada em lata.

Movimentação na COP30
Movimentação na COP30
Foto: Beatriz Araujo/Terra

Protestos pacíficos e indígenas barrados

Do lado de dentro, o dia seguiu movimentado, sem grandes reforços na segurança interna e também sem ocorrências. Um pequeno grupo de manifestantes levou uma ação à conferência contra o uso de combustíveis fósseis, mas foi "contido" com uma barreira de segurança, para que não se criasse tumulto. 

Por volta das 14h, um grupo de indígenas chegou à entrada principal da Green Zone, mas foi impedido de entrar por guardas que alegaram estarem cumprindo um "protocolo de segurança".

"Fomos convidados para participar de um painel e falar sobre o nosso território. Nós precisamos participar, mas fomos barrados. A gente não está bagunçando nem fazendo manifestação, estamos aqui para participar do evento", contou Ediene Kirixi, do povo Munduruku, em entrevista ao Terra. 

Vale lembrar que protestos são comuns em todos os dias da COP30, mas não de forma tão intensa como ocorreu na noite de terça-feira.

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O segundo dia da COP30, nesta terça-feira, 11, foi marcado por confusão e protestos. Um grupo numeroso de manifestantes invadiu a Blue Zone, área de acesso restrito do evento, o que gerou tumulto e ação imediata da segurança. Agentes chegaram a apreender uma bandeira da Palestina e celulares de alguns participantes, enquanto organizadores tentavam conter o avanço do grupo. Para impedir que os manifestantes seguissem em direção às áreas internas, mesas foram usadas, de forma improvisada, para bloquear a passagem.

Segundo a agência Reuters, alguns manifestantes estavam com cassetetes e houve troca de empurrões entre o grupo e os seguranças. Um agente de segurança foi levado às pressas em uma cadeira de rodas, com as mãos sobre o estômago, enquanto outro funcionário afirmou ter sido atingido na cabeça por um tambor, ficando com um corte na testa.

Ao Terra, o manifestante Júlio, integrante do PSOL e natural de Natal (RN), contou que participa da COP30 junto a movimentos sociais, e que o ato desta terça-feira foi convocado por trabalhadores da saúde e por indígenas do Baixo Tapajós.

Segundo ele, a mobilização teve como objetivo se opor à privatização dos rios, à exploração de petróleo na Amazônia e ao Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que busca criar um novo modelo de financiamento climático, no qual países que mantêm suas florestas tropicais preservadas recebem compensações financeiras por meio de um fundo de investimento global. A iniciativa, no entanto, representa “uma espécie de financeirização das florestas tropicais” para alguns movimentos sociais. 

Ao explicar o motivo da manifestação, Júlio afirmou que o grupo optou por invadir a área porque considera uma redução no espaço dado à sociedade civil dentro do evento e que todos acreditam que é necessária mais participação popular nos debates.

“A gente resolveu sair às ruas para protestar porque acha que o espaço da COP reduziu muito a participação social e popular dos movimentos, em especial dos povos indígenas, que são os mais afetados em seus territórios.”

Fonte: Portal Terra
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