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Economia verde no Brasil: veja definição e exemplos

Confira a importância da economia verde para garantir um desenvolvimento econômico sustentável e diminuir os impactos no meio ambiente

20 out 2023 - 05h00
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Economia verde: entenda o que é e quais são os objetivos
Economia verde: entenda o que é e quais são os objetivos
Foto: Tiago Queiroz / Estadão / Estadão

Inclusão social, eficiência no uso de recursos naturais e baixa emissão de carbono são os pilares que sustentam a economia verde, iniciativa internacional considerada ponto-chave na melhoria da qualidade de vida e da igualdade social para os próximos anos. Mas como a economia verde funciona na prática e quais são seu benefícios? O Terra preparou um guia para explicar como funciona. 

Com o conceito criado em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), de maneira simplificada, o programa visa uma economia de baixa emissão de carbono, com consumo inclusivo baseado em princípios como compartilhamento, colaboração, solidariedade e oportunidade, com sustentabilidade a longo prazo. 

Segundo a Organização das Nações Unidas, a economia verde busca, também, diminuir os efeitos de devastação ambiental dos padrões de consumo atuais que, além de gerar risco à Natureza e à saúde da população, é responsável por uma produção sem preocupação com o meio ambiente e resulta em desigualdade social. 

A economia verde pode ser desenvolvida em todos os segmentos econômicos, desde a produção agrícola e geração de energia renovável, passando pelas indústrias até o setor de comércio e serviços. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), se as metas do programa forem implementadas internacionalmente, é possível gerar 24 milhões de novos empregos, a nível global, até 2030.

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Exemplos de economia verde

A nível de governo, a iniciativa visa, principalmente, a geração de energia limpa, meios de transportes públicos que não dependam de combustível fóssil e a implementação de agricultura sustentável, através de práticas como agricultura de precisão, sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta e o uso de drones para monitoramento. 

Mas cada vez mais empresas têm adotado a sustentabilidade como parte do planejamento econômico, através da adoção de tecnologias limpas, além de pesquisa e incentivo à produção acadêmica. O apoio à Educação, inclusive, é essencial na conscientização da população sobre o assunto.

Alguns exemplos de economia verde que podem ser aplicados no dia-a-dia são a produção de energia limpa, como usinas solares e de biomassa que, com o uso de materiais orgânicos, é capaz de gerar energia térmica ou elétrica. Na área ambiental, iniciativas de agricultura orgânica não só ajudam a preservar a natureza, mas também favorecem a igualdade social entre produtores de pequeno porte. 

Nas cidades, é possível trabalhar a mobilidade elétrica, que não depende de combustíveis fósseis, eficiência no uso de energia para reduzir o consumo, a gestão de resíduos sólidos, como reciclagem, para reduzir os danos ambientais, e o turismo sustentável, que promove não só a preservação do meio ambiente, mas como da cultura local e o envolvimento de comunidades. 

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Prós e contras da iniciativa 

Dentre as vantagens da economia verde, o programa da Nações Unidas cita a possibilidade de aumento na produtividade, evitando desperdício de recursos e no consumo de energia, além da geração de novas oportunidades de emprego. A adoção das práticas também é bem vista no mercado, trazendo confiança de investidores e consumidores. 

Para o meio ambiente, as iniciativas também promovem a redução dos efeitos de aquecimento global, melhoria da qualidade do ar e da água, e a universalização do saneamento básico à população. 

No entanto, a adoção de medidas sustentáveis pode render altos investimentos às empresas na instalação de tecnologias limpas, por exemplo. Por isso, é preciso de incentivo estatal e a implementação de políticas públicas de conscientização à população. 

Economia verde no Brasil

Tanto empresas quanto o Governo Federal já incluem a sustentabilidade econômica como meta na implementação de novas políticas. O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) detalhou o plano de transição ecológica e ressaltou o compromisso de promover essa transição criando empregos, investindo em inovação e sobre uma "sólida base fiscal e regulatória".

"Agora, queremos reconciliar o crescimento econômico robusto e a mudança social com a proteção ambiental. Procuramos promover uma mudança secular do nosso modelo de desenvolvimento que vá melhorar a nossa posição na economia global", afirmou.

De olho nas tendências socioambientais, empresas privadas também mantém as práticas no radar, inclusive como oportunidade de negócios. Um relatório do Sebrae aponta que 91% das pequenas empresas já enxergam a possibilidade de novos negócios com foco em sustentabilidade. 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um levantamento em que aponta que 94% dos empresários percebem oportunidades nas ações de sustentabilidade. Das 500 médias e grandes empresas industriais que participaram do estudo, praticamente todas (98%) já adotam pelo menos uma das principais práticas sustentáveis: gestão de resíduos e redução do desperdício de água e energia.

Ainda de acordo com os empresários, a adoção das novas políticas visa melhorar a reputação com os consumidores, reduzir custos e aumentar a produtividade. 

Fonte: Redação Terra
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