Williams apresenta FW43B e quer voltar a pontuar em 2021
Com mudanças pontuais, novo Williams FW43B busca melhorar desempenho de 2020; novo carro será pilotado por George Russell e Nicholas Latifi
Se pudesse, a Williams certamente gostaria de esquecer a temporada passada. Após zerar o campeonato de 2020, a escuderia inglesa apresentou nesta sexta (5), o novo FW43B, carro que, assim como no ano passado, será pilotado por George Russell e Nicholas Latifi, dupla que têm como objetivo principal voltar a marcar pontos pela equipe.
A Williams pretendia lançar o novo FW43B através de um aplicativo de realidade aumentada. No entanto, por causa de um ataque de hackers antes do lançamento, a Williams optou por divulgar as primeiras imagens oficiais em suas redes sociais. “Planejávamos revelar o FW43B, por meio de um aplicativo de realidade aumentada ainda hoje. No entanto, infelizmente, como o aplicativo foi hackeado antes do lançamento, isso não será possível. Estávamos ansiosos para compartilhar essa experiência com nossos fãs e só podemos nos desculpar por isso não ter sido possível”, lamentou a equipe, via Twitter.
Assim como os demais carros do grid, o novo Williams FW43B é basicamente uma evolução do carro utilizado no ano passado -- tanto que o nome teve apenas a adição da letra B, ao invés de se chamar FW44. No entanto, ao contrário do layout predominantemente branco de 2020, o novo modelo traz uma pintura com mais destaque para os diversos tons de azul e alguns detalhes em dourado.
A falta de grandes mudanças se deve pela manutenção da maior parte do regulamento do ano passado. No entanto, uma das principais modificações é o novo assoalho de dimensões menores, que já será obrigatório para todas as equipes. No mais, além do motor Mercedes, o Williams FW43B terá componentes hidráulicos e o câmbio fornecidos pela montadora alemã. Isso se deve ao acordo assinado pelas duas equipes ainda em 2020, que ampliava a parceria já existente.
Vale lembrar que esse é o primeiro ano da Williams sob o comando da empresa de investimentos Dorilton Capital, que adquiriu a equipe da família Williams em agosto do ano passado. Desde então, a empresa vem realizando um forte investimento para recolocar a equipe de volta na briga por títulos na Fórmula 1. Para isso, a equipe efetivou Simon Roberts como chefe de equipe e a contratou o alemão Jost Capito -- ex-McLaren e Volkswagen -- como novo CEO.
"Altos e baixos são típicos em qualquer jornada de marcas estabelecidas no esporte e o sucesso histórico pode ser um motivador, mas não se pode confiar nele para definir o sucesso na era moderna da Fórmula 1", afirmou Capito. Além dele, a Williams também contratou o ex-piloto Jenson Button. O inglês campeão de 2009 será conselheiro sênior, e atuará no desenvolvimento de jovens pilotos da equipe.
Assim como a Haas, a Williams não vai focar muito no desenvolvimento do carro para este ano. Apesar de não ter o objetivo de apenas “cumprir tabela” em 2021, a prioridade da escuderia inglesa é iniciar o desenvolvimento do sucessor do FW43B, uma vez que o regulamento de 2022 terá muitas mudanças em relação ao atual.
Enquanto isso, a dupla de pilotos segue a mesma. O inglês George Russell, de apenas 23 anos, já vai para sua terceira temporada na equipe. Ele chega em alta após o surpreendente desempenho no GP de Sakhir de 2020, quando correu pela Mercedes substituindo o heptacampeão Lewis Hamilton -- afastado após ser infectado pela covid-19 -- e teve grandes chances de vencer a corrida. Russell terá mais uma vez a companhia do canadense Nicholas Latifi, que estreou no ano passado e tentará andar mais próximo de George em 2021.