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Você sabe por que a McLaren usa a cor laranja nas pistas?

A equipe voltou a usá-la em 2017, após um longo período exibindo outras cores. Saiba qual é a sua origem

18 set 2021 - 14h03
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Daniel Ricciardo no GP da Itália de 2017.
Daniel Ricciardo no GP da Itália de 2017.
Foto: McLaren / Divulgação

Muitas equipes têm suas cores tradicionais inspiradas nos países que representam. Até 1967, a CSI (atual FIA) obrigava as equipes de F1 a usar as cores nacionais: a Itália usava vermelho; a França usava azul; e Grã-Bretanha usava verde. Em 1966, a equipe de Bruce McLaren entrou na F1 representando as cores do país de seu fundador, a Nova Zelândia. Por isso usava um carro branco com tons de cinza e verde.

A McLaren já tinha feito seu primeiro modelo dois anos antes, em 1964. Era um carro esportivo chamado de M1A, que usava uma pintura cinza e prata. Em 1966, a McLaren também entrou para o Can-Am, um campeonato de carros esportivos que acontecia na América do Norte, e usou vermelho, a mesma cor que adotou no ano seguinte na F1.

A cor vermelha até causou problemas no GP da Itália, já que era a cor oficial da Ferrari. Mas, ao ver que os carros da marca italiana tinham se classificado mal e Bruce McLaren na primeira fila, a organização da prova considerou “interessante” ter um carro vermelho ali e mudaram de ideia, permitindo o carro com a cor original.

McLaren M6A do Can-Am.
McLaren M6A do Can-Am.
Foto: McLaren / Divulgação

Mas ainda em 1967, Teddy Mayer, cofundador da McLaren, viu um carro laranja de um rival na Can-Am e percebeu que a cor era chamativa e daria um destaque na TV, que na época dava seus primeiros passos em transmissões automobilísticas. Como as cores ainda eram pouco nítidas, o laranja chamaria muita atenção dos telespectadores.

Em 1968, a McLaren estendeu o uso da cor laranja para a F1, com  Denny Hulme usando o M5A, que depois contou com o incremento da cor azul. Foi com esse esquema cromático que  Bruce McLaren conquistou a primeira vitória da equipe no GP da Bélgica daquele ano.

A cor ficou na equipe até metade dos anos 1970, ao menos na Indy 500, corrida em que a McLaren entrou em 1969, ganhando três títulos, um deles pela equipe Penske, e na Can-Am.

Stoffel Vandoorne com a McLaren MCL32.
Stoffel Vandoorne com a McLaren MCL32.
Foto: McLaren / Divulgação

Na F1, o laranja perdeu espaço em 1971, com a chegada do patrocinador Yardley, que deixou o carro quase todo branco. Em 1974, a Marlboro começou a patrocinar o time, impondo seu esquema de cores vermelho e branco. A relação durou 23 temporadas, até o ano de 1996.

Houve a esperança de que a cor laranja voltasse quando o MP4/12 apareceu na pré-temporada de 1997. Mas logo veio o acordo com a West e a equipe adotou o prata com preto. Em 2006, nova aparição na pré-temporada, mas sem sucesso. Após muita especulação, somente em 2017 veio como pintura definitiva, ainda misturado com preto. Em 2018, o tradicional laranja com azul voltou.

A vitória de Daniel Ricciardo no GP da Itália, com direito a dobradinha com Norris em segundo, foi a primeira vitória da McLaren com um carro predominante laranja desde o GP do México de 1969. Agora é esperado que a cor fique com a equipe em definitivo, adorando uma identidade visual como acontece com a Ferrari e o vermelho.

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