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Piloto da F-Indy se impressiona com carro da F1: “Insano”

Pato O’Ward participou do teste para jovens pilotos pela McLaren e se mostrou impressionado com o desempenho de um F1

15 dez 2021 - 22h13
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Pato O'Ward se aperta no cockpit do MCL32
Pato O'Ward se aperta no cockpit do MCL32
Foto: McLaren / Twitter

O teste pós-temporada da Fórmula 1 começou nessa terça-feira (14), em Abu Dhabi, na mesma pista que encerrou a jornada histórica de 2021, vencida por Max Verstappen. O teste tem basicamente duas funções: permitir que os pilotos titulares experimentem os pneus com rodas de 18 polegadas que serão usados em 2022; e dar rodagem em um carro de Fórmula 1 a pilotos novatos. 

Cada equipe roda com dois carros por dia, sendo um configurado para as rodas novas e conduzido por um dos pilotos titulares, e outro, modelo 2021, tocado por um jovem piloto que ainda não chegou à F1. A escolha de quem terá o privilégio do raro contato com um carro da categoria fica a critério de cada time. 

A McLaren escalou o mexicano Patricio O’Ward para rodar com um de seus carros nessa terça-feira (14). Pato, como é conhecido, é piloto da própria McLaren na Fórmula Indy, e ganhou a chance após uma aposta que fez com Zak Brown, CEO da equipe: se vencesse uma corrida na Indy em 2021, teria a chance de testar um Fórmula 1. Ele venceu duas e, como promessa é dívida, foi indicado para o teste de novatos. 

Pato chegou a liderar a sessão realizada na manhã e terminou o dia com o 4º melhor tempo, 1s487 atrás do líder Nyck de Vries, da Mercedes, tendo andado uma distância equivalente a duas corridas. Mas, para ele, mais importante que o resultado foi a experiência, que o deixou extasiado: “Eu pensei que os carros Indy fossem rápidos, mas isso é loucura!”, disse à Autosport. “Esses carros são ridículos! Eu estava esperando que fosse louco e insano, mas isso é louco e insano multiplicado por 10!” 

O piloto de 22 anos contou que sentiu a diferença logo no primeiro contato com o carro: “Desde a primeira volta, assim que saí, eu senti a força, aderência, o freio. Essa coisa faz tudo que você quiser.” 

Pato não enconde o sorriso no box da McLaren
Pato não enconde o sorriso no box da McLaren
Foto: McLaren / Divulação

Pato tentou comparar a sensação de pilotar um F1 com um Indy, mas desistiu. Segundo ele, nada se compara a um carro de Fórmula 1: “É completamente diferente, é louco comparado a qualquer outra coisa que exista para se dirigir”, disse o empolgado mexicano. “Em termos de pilotagem, do que é capaz, de encontrar o limite, nada chega perto disso. A sensação que um Indycar te dá é louca. Mas você entra nisso [F1] e a forma como é capaz de fazer tudo tão rápido é como um videogame. É irreal.” 

Outro ponto relatado por O’Ward foi a força G extrema que atua sobre o cabeça e o pescoço dos pilotos. Mesmo bem condicionado para uma categoria rápida como a Fórmula Indy, seu preparo físico não estava à altura do carro. Ele credita a isso o fato de não conseguir melhorar o tempo como gostaria nas simulações de classificação que fez ao final do dia. 

“Acho que não consegui dar tudo porque estava quase perdendo minha cabeça”, contou, após o treino. “Meu pescoço está destruído. De manhã ficou bem, mas eu fiz um stint longo antes de fazer as simulações de classificação e, assim que pus os pneus macios e entrei nas curvas rápidas, minha cabeça estava a ponto de cair.” 

Para ele, seria necessário mais prática para chegar à capacidade máxima do carro: “É normal, leva um tempo para entender do que é capaz, para realmente dar tudo e não ir além do limite. Eu não queria ir como ‘eu sou corajoso, vou com tudo’ e acabar no muro.” 

A McLaren já deixou em aberto a possibilidade de, em algum momento do futuro, contar com os serviços de Pato O’Ward na Fórmula 1. Mas é fato que a chance é pequena. Ciente disso, o mexicano fez questão de curtir como se fosse a última vez: ““Uma experiência e uma oportunidade raras. Uma vez na vida. Que experiência! E que carro!” 

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