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Honda explica atualização final de seu motor de F1

Prestes a sair da Fórmula 1, a Honda entregou a última grande atualização de seu motor. Novas baterias poderão ser usadas em carros de rua

23 set 2021 - 05h15
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Honda é parceira da Red Bull na F1.
Honda é parceira da Red Bull na F1.
Foto: Honda F1 / Divulgação

A Honda faz sua última temporada na Fórmula 1 em 2021. Sua unidade de potência (conjunto de motor, baterias e sistemas de recuperação de energia) é usada pelas equipes Red Bull e AlphaTauri. Mas, mesmo com o projeto em sua reta final e já vendido para a Red Bull, a fabricante japonesa não abriu mão de seu desenvolvimento e segue empenhada em sair da categoria por cima. 

A marca revelou detalhes sobre a última grande atualização de sua unidade de potência, que foi entregue no GP da Bélgica. O foco do desenvolvimento foi o sistema de armazenamento de energia, em um projeto que já vinha de vários anos, segundo Yasuaki Asaki, chefe da área de Unidade de Potência da Honda F1. 

Asaki explicou um pouco mais sobre o que foi aperfeiçoado: "a Honda está introduzindo um novo sistema de armazenamento de energia, dotado de uma célula de bateria mais leve, mais resistente, ultra eficiente e potente, bem a tempo de ser usado na segunda metade da temporada”. 

O sistema começou a ser usado pelas equipes clientes no GP da Bélgica. Desde então, Max Verstappen conquistou a pole nessa mesma etapa – e consequente vitória, já que não houve uma corrida de fato – e dominou o GP da Holanda, com vitória e pole. A sequência foi interrompida em Monza, com o acidente entre ele e Lewis Hamilton, mas o balanço é positivo. 

“Os sinais foram promissores, depois de um enorme trabalho para entregar desempenho e redução de peso. Isso ainda ajuda a Red Bull a otimizar a distribuição de peso”, afirmou Asaki. 

A Honda não esconde que tem a missão de derrotar a Mercedes, e a temporada atual será a última chance para isso. Para tanto, a empresa japonesa não mediu esforços para antecipar a entrega do novo sistema. O planejamento original previa deixá-lo pronto para ser usado apenas em 2022, quando as unidades de potência terão seus desenvolvimentos congelados. Para antecipar a entrega, a Honda levou parte de seu time de desenvolvimento de baterias para carros de rua do Japão para a fábrica de motores de F1 na Inglaterra. 

Além de tornar possível a entrega antes do prazo para uso nas pistas, a Honda vai colher frutos da colaboração interna em seus carros de rua e projetos diversos de mobilidade. Mais uma vez em sua história, a Fórmula 1 serve de laboratório para o desenvolvimento de tecnologias que vão muito além do uso em corridas. 

“Mesmo depois de a Honda deixar a F1, essa nova tecnologia de bateira vai contribuir demais em tecnologias futuras da empresa para criar uma sociedade neutra em carbono, liderar o avanço da mobilidade e permitir a pessoas ao redor do mundo a melhorar sua qualidade de vida”, finalizou Asaki. 

Empurrado por um motor Honda, Max Verstappen lidera o campeonato de pilotos, 5 pontos à frente de Hamilton. Entre os construtores, A Red Bull Honda está 18 pontos atrás da rival Mercedes. O próximo capítulo dessa disputa será já no próximo fim de semana, no GP da Rússia, com atividades agendadas para os dias 24, 25 e 26 de setembro. 

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