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Cinco recordes na F1 que duram desde os anos 1950

Mesmo com tantas provas, alguns recordes ainda duram mais de 70 anos na F1. Vamos listar alguns.

19 jul 2022 - 22h52
(atualizado em 20/7/2022 às 09h59)
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Vários recordes da F1 demoraram para ser quebrados. Um deles foi o de piloto com mais títulos. Muitos julgavam impossível superar a marca de Juan Manuel Fangio com cinco campeonatos. Estabelecido em 1957, durou até 2003, quando Michael Schumacher conquistou seu sexto triunfo. Atualmente, temos dois pilotos com sete títulos na categoria: além de Schumacher, Lewis Hamilton.

Entretanto, outros recordes permanecem e aparentam ser inquebráveis. Para citá-los temos que voltar a uma época onde a F1 não tinha pit-stop obrigatório e um piloto poderia correr por várias voltas à frente sem ser incomodado. Além disso, a idade não era um fator de exclusão já não havia uma grande renovação e muitos pilotos com mais de 50 anos corriam na categoria.

1 - Vencedor mais velho

Luigi Fagioli durante o GP da Italia de 1934
Luigi Fagioli durante o GP da Italia de 1934
Foto: Mercedes AMG F1 / Twitter

Esta é uma das marcas mais antigas da F1(sem trocadilho aqui). O vencedor mais velho da categoria em números absolutos é o italiano Luigi Fagioli. Astro das pistas nos anos 30, chegou a vencer alguns GPs em uma época que ainda não existia a F1, entre eles o de Mônaco de 1935 pela Mercedes. Em 1950, ele disputou o título com retrospecto impressionante: mesmo não vencendo nenhuma prova, chegou em 2° lugar em quatro delas e um 3° lugar. Mas no fim das contas, o vencedor foi Giuseppe Farina, também batendo Fangio.

Em 1951, ele disputou só uma prova, o GP da França, e venceu, com 53 anos e 22 dias. Porém, há uma observação aqui: havia uma regra que permitia que pilotos podiam dividir um carro em caso de abandono, com a pontuação sendo dividida igualmente. 

Foi exatamente o caso aqui: Fangio estava com problemas no motor e a equipe mandou ele trocar de carro com Fagioli na volta 24. O argentino  pegou o carro em 3° lugar e, com uma certa dose de sorte, conseguiu a vitória e a volta mais rápida, que valia um ponto na época. 

Fagioli teve que ficar se arrastando com o carro cheio de problemas do argentino.O Italiano ficou revoltado e prometeu nunca mais voltar à F1 depois do fato, mesmo “vencendo”. Ele acabou morrendo em 1952, nos treinos para o GP de Mônaco daquele ano.

Quem tem esse recorde em uma vitória “solo” é Giuseppe Farina, com 46 anos, 9 meses e 3 dias, no GP da Alemanha de 1953. Atualmente é inimaginável ver um piloto chegando a essa idade competitiva. No século XXI, o piloto mais velho a conquistar uma vitória Kimi Raikkonen, com 39 anos e 4 dias, no GP dos Estados Unidos de 2018.

2 - Voltas lideradas consecutivas

Alberto Ascari durante o GP dos Países Baixos de 1953
Alberto Ascari durante o GP dos Países Baixos de 1953
Foto: Scuderia Ferrari / Twitter

Alberto Ascari foi o primeiro campeão pela Ferrari na F1, sendo também o único italiano a ganhar um título pela equipe na categoria. É bem verdade que obteve dois triunfos: 1952 e 1953. Neste último, se aproveitou de uma dominância por parte da Ferrari e marcou uma das marcas mais impressionantes da F1.

Ascari conseguiu liderar 305 voltas (2075 km) entre o GP da Bélgica e dos Países Baixos de 1952. Quem chegou mais perto desta marca foi Ayrton Senna entre os GPs da Grã-Bretanha e Itália de 1988, marcando 264 voltas seguidas nas liderança (1435 km). Do grid atual, Sebastian Vettel obteve 205 voltas (1112km) entre o GP de Singapura e da Índia de 2012. 

3 - Títulos por equipes diferentes

Juan Manuel Fangio no GP da Argentina de 1955
Juan Manuel Fangio no GP da Argentina de 1955
Foto: Mercedes AMG F1 / Twitter

Esse talvez ninguém tire de Juan Manuel Fangio. O argentino obteve cinco títulos na F1 por quatro equipes diferentes. Em 1951 pela Alfa Romeo; em 1954 com Maserati e Mercedes (aqui é o único piloto que venceu um mesmo título correndo por duas equipes diferentes). Em 1955 pela Mercedes novamente. Em 1956, pela Ferrari (um tanto a contragosto) e em 1957, pela Maserati. Fora Fangio, nenhum outro piloto conquistou títulos por mais de duas equipes diferentes.

4 - Ganhos de posições em uma corrida

Jim Rathmann durante a Indy 500 de 1960
Jim Rathmann durante a Indy 500 de 1960
Foto: IMS Museum / Twitter

A marca pertence a Jim Rathmann, na Indy 500 de 1957 (a prova fez parte do calendário da F1 entre 1950 e 1960). Ele largou em 32° lugar e chegou em 2°lugar, ganhando 30 posições no total. Este é um recorde que realmente nunca deve ser quebrado na F1, até porque, com as atuais regras, só teríamos um máximo de 13 equipes e 26 pilotos.

5 - Porcentagem de vitórias em uma temporada

Alberto Ascari: o melhor aproveitamento da história da F1
Alberto Ascari: o melhor aproveitamento da história da F1
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

Mais uma marca de Alberto Ascari. Na temporada de 1952, com oito etapas previstas, o italiano não participou da primeira etapa, o GP da Suiça, já que estava se preparando junto com a Ferrari para a Indy 500, então a única equipe europeia a participar da prova no período em que ela fez parte da F1. A empreitada foi um fiasco, com Ascari se esforçando muito para se qualificar para a prova e completando poucas voltas, com problemas mecânicos.

Na volta para a Europa, com 6 etapas pela frente, o italiano simplesmente venceu todas, conquistando o título mundial, com 75% das vitórias daquela temporada. Quem mais chegou perto desta marca foi Michael Schumacher. Em 2004, o alemão conquistou 13 vitórias em 18 etapas, chegando a um aproveitamento de 72%.

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