5 pilotos que mais demoraram para conseguir a pole na F1

Conquistar o primeiro lugar no grid é sempre bom, mas o intervalo para um piloto conquistar a sua primeira é vasto: vai da 1ª corrida até passar da 200ª prova. Confira a lista dos 5 que demoraram para quebrar a barreira da pole.

5 - Nico Rosberg (111 corridas)

O campeão de 2016 abre a lista. Apesar de ser um piloto muito bom, a sorte não esteve sempre ao lado do alemão, visto que só teve carro para conquistar a pole com regularidade, em 2013. Rosberg estreou na Williams, a mesma equipe em que seu pai, Keke, foi campeão mundial em 1982. Mas a equipe já não era a mesma: durante as quatro temporadas do piloto por lá (2006-2009), a melhor posição foi o terceiro lugar no GP de Singapura de 2009.

Rosberg era o piloto mais disputado em 2010, principalmente por McLaren e Mercedes, essa segunda que era a Brawn GP na temporada anterior. A Mercedes não começou dominante, mas Nico se mostrou superior ao seu companheiro de equipe, Michael Schumacher, que estava voltando ao grid depois de três anos fora. 

Nico bateu duas vezes na trave em sua tentativa de conquistar a pole. No GP da Malásia de 2010, foi 2° lugar. No GP da Turquia de 2011, foi terceiro. Até que finalmente, no GP da China de 2012, ele conquistou sua tão sonhada pole, batendo em 0s505 o tempo de Lewis Hamilton, segundo colocado na sessão. Foi neste final de semana que o alemão conquistou sua primeira vitória na categoria, foi a primeira da Mercedes desde o GP da Itália de 1955.

4 - Thierry Boutsen (115 corridas)

Boutsen começou na F1 em 1983, estreando no GP da Bélgica. Seus quatro primeiros anos foram pela Arrows (1983-1986). Neste período era raro ver o piloto belga no top 10, quem dirá disputando pole. Realmente o carro não ajudava. Em 1987, ele foi para a Benetton, onde conquistou duas vezes o terceiro lugar na qualificação, no GP do Japão de 1987 e da Hungria de 1988, o mesmo ano em que ele conquistou a sua melhor posição no campeonato, um quarto lugar. 

Em 1989, Boutsen foi para a Williams, a equipe estava se reestruturando, com a chegada dos motores Renault. O belga conquistou duas vitórias naquela temporada, no GP do Canadá, sua primeira na carreira, e no GP da Austrália. Mas a pole só veio em 1990, no GP da Hungria, não só a pole, como também conquistou sua última vitória na categoria.

3 - Jarno Trulli (119 corridas)

Jarno Trulli estreou na F1 em 1997, pela pequena Minardi. Durante aquele ano, ele acabou indo para a Prost, para substituir Olivier Panis, que fez sua melhor qualificação naquele ano, um terceiro lugar. Na corrida, assumiu a liderança na primeira volta e manteve até a volta 37, quando parou nos boxes, voltando em segundo, mas acabou abandonando por problemas de motor.

Foi sua última corrida naquele ano, Panis voltou para as últimas três etapas. Como o italiano foi muito bem, ganhou a vaga na equipe para o ano de 1998, mas a Prost não foi competitiva naquele ano: a melhor posição no grid foi um 10° lugar. Em 1999, as coisas até melhoraram, mas a melhor colocação foi o 7° lugar.

Em 2000, Trulli foi para a Jordan, chegou até a cravar um segundo lugar no grid do GP da Bélgica daquele ano. Em 2002, se mudou para a Renault. No GP da Grã-Bretanha de 2003, ele bateu na trave novamente, ficando atrás apenas de Rubens Barrichello. No GP de Mônaco de 2004, veio a primeira pole - também sua única vitória na F1.

2 - Mark Webber (131 corridas)

O australiano estreou na categoria em 2002, pela Minardi, conquistou um quinto lugar logo na estreia com um carro limitado. Essa posição ajudou a equipe a ficar em 5° nos construtores, mas nas qualificações naquele ano, o carro limitado da equipe italiana não permitiu uma posição melhor que 18° lugar no grid naquele ano.

Com um bom ano em um carro limitado, Webber ganhou a oportunidade de correr na Jaguar no ano seguinte, uma equipe de meio de pelotão. Foram dois anos por lá, no GP da Malásia de 2004, acabou conquistando o segundo lugar na qualificação, mas largou mal na corrida, caindo para 9° lugar, abandonando quatro voltas depois, por causa de uma rodada.

Em 2005, veio a mudança para a Williams, que contava com uma parceria com a BMW, mas o carro não foi muito bem naquele ano. Apesar disso, Webber conquistou o 3° lugar na primeira qualificação pela equipe. Em 2006, a parceria entre Williams e BMW acabou, o carro também piorou, mas o australiano conseguiu um 2° lugar no grid do GP de Mônaco.

Em 2007, se mudou para a Red Bull Racing, onde conquistaria sua primeira pole, porém nos dois primeiros anos o carro não foi competitivo. No GP da Itália de 2008, conquistou um 3° lugar na qualificação. Em 2009, as coisas mudaram, a Red Bull seria o melhor carro do grid, porém a entrada inesperada no grid da Brawn GP fez com que ela virasse a segunda força no início da temporada.

A estrela da equipe naquele ano era Sebastian Vettel, que tinha acabado de chegar. O australiano não tinha se destacado até o GP da Alemanha de 2009, quando finalmente veio a primeira pole e também a primeira vitória. Até o dia 26 de Março de 2022, esse era o recorde oficial de piloto que mais demorou para conquistar sua primeira pole.

1 - Sergio Perez (216 corridas)

Sergio Perez é um dos pilotos mais queridos do grid da F1, também o quarto piloto a mais tempo na categoria, estreando no GP da Austrália de 2011. O mexicano começou na Sauber, um carro que não se mostrava muito competitivo. Durante a temporada de 2012, o carro melhorou, foi um ano bem interessante e bem equilibrado na verdade, o próprio “Checo” chegou a conquistar dois segundos lugares em corridas. Mas sua melhor qualificação foi no GP da Bélgica, um 4° lugar, quando acabou abandonando na primeira curva por conta de uma batida de vários carros.

Em 2013, foi anunciado pela McLaren, que era um carro bem competitivo nos anos anteriores, mas a equipe perdeu a mão naquele ano, Perez não conquistou nada melhor que um 7° lugar no grid. Em 2014, mudou para a Force India. O piloto ficou até 2020 na equipe, que em 2018 mudou o nome para Racing Point..

Durante esse período, chegou a conquistar um segundo lugar no grid do GP da Europa de 2016, teve que pagar punição e largou apenas em 7° lugar. Em 2020, chegou a vencer o GP de Sahkir.

Para 2021, estava sem lugar no grid, quando veio a proposta da Red Bull, que foi um grande carro na temporada. O mexicano chegou a largar em 2° lugar em Imola. No GP da Arábia Saudita de 2022, a primeira pole finalmente veio, ao superar os dois carros da Ferrari, que eram favoritos: Leclerc e Sainz. Foi também a primeira pole do México na categoria.