Vendas pela internet no Brasil cresceram 27% em 2021, aponta pesquisa
O percentual de crescimento do e-commerce brasileiro, detectado em pesquisa da NielsenlQ Ebit, é relacionado a 2020, ano da pesquisa anterior. O aumento da preferência dos consumidores pelos meios digitais para realizar compras reforçam a necessidade das empresas em investirem em produtos digitais que viabilizem a demanda do comércio on-line.
Se tem um setor que não pode reclamar de crise é o de vendas pela internet, também conhecido como e-commerce. O comércio virtual registrou aumento de 27% em 2021, em comparação com 2020, segundo a 45ª edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela NielsenlQ Ebit e divulgada no último dia 22 de março. No total, o faturamento do ano passado ficou em R$ 182,7 bilhões, ante os R$ 143,6 bilhões registrados no ano anterior.
O aumento nas vendas on-line comprova a mudança de comportamento dos consumidores, que por conta da pandemia da Covid-19 passaram a comprar mais pela Internet e a utilizar os serviços digitais oferecidos pelas empresas. Nesse cenário, para não perder vendas, desde o início da crise sanitária ocasionada pelo novo coronavírus, mais as empresas investem em transformação digital de suas atividades.
Essa realidade foi comprovada pela pesquisa global Agenda 22, realizada pela Deloitte com 491 empresas de grande porte. O resultado das entrevistas demonstrou que nove em cada 10 empresas vai investir em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento. Dos investimentos em tecnologia, 96% dos empresários entrevistados disseram que vão direcionar recursos para o desenvolvimento de aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão.
As expectativas de maiores investimentos em soluções digitais são animadoras para empresas de tecnologia que, por sua vez, precisam garantir o desenvolvimento de produtos cada vez mais exclusivos e diferenciados. Nesse mercado, as empresas que investem em equipes de Quality Assurance (QA), área que pode ser traduzida para Garantia de Qualidade, são capazes de proporcionar aos clientes resultados mais assertivos.
"A Quality Assurance pode ser definida como um conjunto de ações que as empresas realizam com o objetivo de entregar aos clientes (ou ao consumidor final) um produto ou serviço com alto nível de qualidade. No desenvolvimento de software, aplicar os métodos de QA geram confiança e segurança aos clientes, indicando que os seus produtos terão a qualidade esperada na etapa de implantação", explica Tatiane Silva Teixeira, profissional com mais de 15 anos de experiência na área de TI.
Para possibilitar os resultados esperados, o especialista em QA ou Garantia de Qualidade atua para a entrega de produtos desenhados especialmente para atender as necessidades dos clientes. "Um especialista em QA garante que o produto atenda aos padrões de qualidade da empresa. Ele fornece suporte às equipes de desenvolvimento de softwares quando se trata de criação de aplicativos, teste de aplicativos, implementação e solução de problemas. Isso significa que ele está envolvido no processo de desenvolvimento do início ao fim. Eles são os árbitros dos padrões de qualidade em uma empresa e uma das melhores defesas contra problemas no código-fonte ou outros problemas com aplicativos de software e outros serviços", complementa a profissional.
Tatiane Teixeira ressalta que os profissionais dessa área são detalhistas e também responsáveis pelo desenvolvimento e implementação das atividades de fiscalização, detecção e resolução de problemas e entrega de resultados satisfatórios por meio de automação de testes e testes manuais dos produtos desenvolvidos.
"Ter uma equipe de Quality Assurance atuando nas empresas resulta em muitos benefícios para elas, principalmente no que se refere à redução de custos, entrega de produtos com a qualidade esperada e garantia de satisfação dos seus clientes", conclui a profissional.
Pequenas empresas também estão investindo mais em tecnologia
O aumento dos investimentos em tecnologia, especialmente para atender as exigências de um consumidor que está comprando cada vez mais pela internet, não é realidade apenas nos planejamentos de grandes empresas. As micro e pequenas empresas também estão atentas à nova realidade de consumo.
Segundo pesquisa do Sebrae Rio Grande do Sul, 56% dos empreendimentos desses portes naquele estado investiram em tecnologia e soluções digitais para, segundo a entidade, fazer frente aos desafios impostos pela Covid-19, principalmente em relação à mudança de comportamento dos consumidores.
Os dados da 20ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios do Sebrae RS, mostraram que as áreas mais impactadas pela digitalização dos negócios foram atendimento ao cliente e vendas (67%), marketing e divulgação (62%), gestão (29%) e relacionamento com fornecedores (24%).