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Receita do Facebook cresce 18% no 1º tri; ações sobem mais de 10%

Empresa bateu expectativas do mercado para desempenho entre janeiro e março; após queda em demanda por anúncios em março, gigante vê estabilidade em abril

29 abr 2020 - 19h05
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O Facebook bateu as estimativas dos analistas para o primeiro trimestre e viu sua receita subir 18% no primeiro trimestre de 2020, na casa de US$ 17,7 bilhões. Ao divulgar os resultados financeiros para o período na noite desta quarta-feira, 29, a empresa também disse que viu "sinais de estabilidade" na venda de anúncios em abril, após uma desaceleração do mercado publicitário em março, por conta da pandemia do novo coronavírus.

A declaração da empresa foi vista por Wall Street como um sinal de que as empresas de tecnologia podem reagir melhor à crise causada pela covid-19 do que empresas de outros setores. Após a divulgação dos resultados, o Facebook viu suas ações subirem cerca de 10% após o fechamento do pregão, sendo avaliada em mais de US$ 600 bilhões.

Durante a divulgação dos resultados financeiros, a empresa disse que a receita com anúncios nas três primeiras semanas de abril foi praticamente a mesma demonstrada no ano passado, em um sinal de recuperação após uma queda forte em março - causada pelos efeitos econômicos subsequentes ao período de isolamento social para o coronavírus.

Além dos bons sinais mostrados pelo negócio de publicidade da empresa, animou também o mercado ver que o Facebook expandiu os custos em apenas 1% no período, o que elevou as margens de lucro para 33% - no ano passado, elas eram de apenas 22%. Entre as reduções nos gastos, há menores investimentos em viagens, eventos e marketing.

Também chamou a atenção o fato de que a receita do Facebook com itens não publicitários cresceu 80% no trimestre - os valores se referem à venda de dispositivos como a caixa de som conectada Portal e os óculos de realidade virtual Oculus.

A empresa afirmou ainda que cerca de 3 bilhões de usuários interagiram com um de seus aplicativos no trimestre, cerca de 100 milhões a mais do que no final de 2019. É um sinal de que a empresa tem alta popularidade em meio ao período da quarentena, mas o próprio Facebook não espera que esse nível de engajamento se mantenha com o relaxamento das ordens de isolamento social.

Em chamada com investidores, o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, declarou ainda que se vê bastante preocupado com o processo de reabertura da economia em meio ao período do coronavírus. "Estou preocupado de que isso esteja sendo feito de forma muito rápida. É algo que pode garantir outros surtos da pandemia e piorar ainda mais o cenário econômico", disse o executivo. / COM REUTERS

Estadão
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