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Motorola Razr: saiba o que achamos do celular dobrável que 'ressuscita' o V3

Celular será lançado no Brasil em janeiro de 2020 e será fabricado localmente; o aparelho é firme e passa sensação de resistência

19 nov 2019 - 05h11
(atualizado às 11h32)
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Lembra daquele prazer de fechar um celular de flip e desligar a ligação na cara de alguém? A partir de janeiro de 2020, será possível resgatar essa experiência nostálgica: é a data de chegada ao Brasil do Motorola Razr, celular de tela dobrável anunciado pela companhia na semana passada. Com um design que lembra o aparelho homônimo dos anos 2000, conhecido aqui no Brasil como V3, o Razr oferece ao usuário um celular compacto, que cabe com facilidade no bolso, mas não deixa de ter uma tela grande.

Nesta segunda-feira, 18, a reportagem do Estado pode colocar as mãos nos aparelho. Ao ser aberto, o Razr parece um smartphone comum: tem tela de 6,2 polegadas, sensor de impressão digital e câmeras traseira e frontal. A estrutura do aparelho é firme e ele pode ser segurado como qualquer outro celular. Ao ser dobrado (ou melhor, fechado), o Razr traz em sua parte frontal uma tela externa de 2,7 polegadas. Sensível ao toque, o painel pode ser usado para atender chamadas, ler e-mails e até responder mensagens. A sensação é de usar um celular básico - não é a melhor experiência, mas funciona.

É algo diferente do que tem sido visto por aí em outros celulares de tela dobrável: tanto o Galaxy Fold, da Samsung, como o Mate X, da chinesa Huawei, se abrem no sentido horizontal - transformando-se de um smartphone comum para algo que tem uma tela digna de um tablet.

Depois de passados os primeiros minutos de deslumbre com a tela flexível, abrir e fechar o Razr se torna um processo natural. Mexer no aparelho não dá a sensação de que a dobradiça pode quebrar, pelo contrário. As rugas da tela ficam visíveis apenas quando o aparelho está quase todo dobrado. Ao se usar o celular com a tela aberta, a dobradiça é praticamente imperceptível - ao tocar nela, porém, é possível sentir certas ondulações.

O aparelho também traz uma bateria grande, de 2510 mAh (miliAmpere/hora), mas não foi possível realizar testes de fôlego para saber sua durabilidade. Ela é dividida em duas partes, cada uma para um lado da dobradiça. Não é algo incomum na indústria: o iPhone 11, por exemplo, também tem sua bateria dividida em dois componentes. É algo que ajuda que o Razr a se tornar um aparelho fino: colocado aberto ao lado de um smartphone comum, a espessura do Razr mostra-se menor do que a média.

No que diz respeito à fotografia, uma das partes mais importantes para a decisão de compra de um celular para os brasileiros, o Razr não impressiona: tem uma câmera traseira de 16 megapixels e uma frontal de 5 megapixels. Mas há um destaque: a lente da parte de trás também pode ser utilizada para selfies quando o aparelho está dobrado - é possível se ver na tela externa e tirar o autorretrato sem precisar abrir o celular.

Desenvolvido há cerca de três anos, o Razr tem raízes brasileiras: segundo a empresa, os primeiros 30 protótipos do aparelho foram testados por aqui. "Em pesquisas, percebemos que as pessoas queriam uma tela grande, mas, ao mesmo tempo, um telefone pequeno", afirma José Cardoso, presidente da Motorola Brasil. "Além disso, notamos que a nostalgia do V3 tinha um apelo muito forte entre os usuários."

A empresa ainda não divulgou o preço do Motorola Razr para o mercado brasileiro, mas é possível até imaginar que ele tenha um valor razoável por aqui - segundo a Motorola, o celular será fabricado no País. Lá fora, o Razr custará US$ 1,5 mil, bem abaixo dos US$ 2 mil do Galaxy Fold e dos US$ 2,4 mil do Mate X.

A fabricação local, segundo Cardoso, é uma aposta da empresa de que o Brasil será um grande mercado do aparelho. "A Motorola tem uma participação relevante no mercado do País e, já teve uma base de usuários de V3 gigante. Além disso, muita gente pede para a Motorola trazer produtos premium para cá", diz o executivo.

Estadão
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