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Líder indígena quer dividir segredos medicinais com excursão

No evento de tecnologia e inovação BlastU, em São Paulo, cacique da tribo Yawanawa, no Acre convida para nova experiência na saúde

14 ago 2019 - 20h22
(atualizado em 15/8/2019 às 07h37)
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A floresta amazônica ainda guarda muitos segredos que podem ajudar no desenvolvimento da nossa medicina. O cacique Biraci Brasil da tribo Yawanawa, palestrante no festival de tecnologia e inovação BlastU, em São Paulo, quer compartilhar o conhecimento indígena com a sociedade e garante que o Brasil tem muito a aprender com seu povo.

 O cacique Biraci Brasil da tribo Yawanawa, durante palestra no festival de tecnologia e inovação BlastU, em São Paulo
O cacique Biraci Brasil da tribo Yawanawa, durante palestra no festival de tecnologia e inovação BlastU, em São Paulo
Foto: Lucas Baldez / Redação Terra

Para ter acesso às técnicas milenares, o cacique oferece uma estada de cinco dias na tribo, localizada no estado do Acre, na região Norte do País. Lá os aventureiros conhecerão mais de duas mil espécies de plantas catalogadas na língua local e diversas técnicas medicinais com uso de ervas e argila.

“Queremos compartilhar o saber e gerar uma nova consciência”, começou Biraci Brasil na palestra Oportunidades de novos negócios na floresta amazônica com base de saberes ancestrais.

Ele conta que o sonho da comunidade é poder levar o conhecimento para fora da aldeia e ajudar a sociedade em tratamentos que não possuem solução na medicina ocidental.

O objetivo é, no futuro, criar um novo modelo de hospital, sem a “carga negativa” dos que conhecemos, segundo o líder indígena. A ideia é fundar “centros de cura”, levando as técnicas da tribo para o País e também para o planeta.

O líder Yawanawa já viajou mundo afora e conheceu outras culturas, com as quais também aprendeu e criou laços. Ele citou os monges budistas e os judeus.

“Temos muita coisa para contribuir no Brasil e no mundo. Temos riquezas incalculáveis. Nossa medicina, nossas plantas, trazem uma nova alternativa para a sobrevivência humana”, diz o cacique.

Segundo ele, o povo Yawanawa nunca antes havia sido convidado a compartilhar tais conhecimentos. Agora, com os laços e conexões que o líder conseguiu criar com o homem branco, Biraci entende que chegou o momento de mostrar o que podem oferecer na área da saúde.

“Sempre tivemos muito cuidado para não expor nossa medicina. Não fazemos propaganda. Mas agora com esse projeto compartilhamos tudo que sabemos com quem for à nossa casa”.

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Fonte: Redação Terra
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